Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

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Foto: Eduardo Matysiak / Futurapress / Folhapress E se essa rua fosse minha E se a gente brincasse E se a bola ninguém furasse E se nossa trave seu João não chutasse Se na pistola ninguém pegasse Se o policial no menino preto não atirasse   Se essa rua fosse minha E nela ninguém mandasse Parar, quando a gente passasse E os documentos mostrasse E nossa mão se levantasse E nossa voz não calasse   Se essa rua fosse minha E a gente se rebelasse Entendendo a luta de classe E da política analisasse Sua cruel e podre face E acabasse o disfarce Atacando quem atacasse A gente multiplicasse E por força desse repasse Toda opressão cessasse   E se essa rua fosse minha Não tua! Eu não morava na rua Eu não dormia na praça Não mostrava a pele nua Não vestia a minha desgraça   Ah! se você entendesse Se você percebesse Se se compadecesse E intercedesse E retrocedesse   Talvez meu mundo Não fosse tão im...

DIVAGAÇÕES (Cavalcanti Barros)



Eu creio que o poder maior da mente
excede a tudo o que se nos revela.
Que a força do pensar é simplesmente
um toque vibração gerado nela.


A mente é luz. Misteriosamente,
o comando do Soma nasce dela.
Até o amor e o ódio, plenamente,
em livre arbítrio, quem comanda é ela.

Indago, então divago e sou consciente
da magia sutil do inconsciente
que esculpe as formas deste meu pensar.

Eu vivo o Agora. Nada me é previsto.
Sou ser humano e o sendo, penso, existo.
Nasci do amor e é meu destino amar.


Copyright © 2010 by Cavalcanti Barros
All rights reserved.


*veja mais de Cavalcanti Barros aqui:  http://movimentodapalavra.blogspot.com

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