Minha Vó Maria Conga (Emanuel Galvão)

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 Minha vó Maria conga Sempre com um terço na mão Me ensinou uma oração Prá quebrar milonga Parecia uma canção Ela falava quimbunda Linguagem, lá da angola  Oração contra quebranto Trouxe com seu povo banto Pena que não se ensina na escola -“tu tens quebranto,  Dois te puseram, três hão de tirar.  De onde este mal veio  Para lá torne a voltar.  Mando embora esse quebranto Em nome das três pessoas da santíssima trindade  Que é o pai, o filho e o espírito santo. Lanço fora essa maldade  Ámem” “quem pode mais do que Deus?” - NIGUEM! Minha vó Maria conga me dizia: Quer de noite, quer de dia Tu “tem” um anjo, menino! Um exú, um anjo negro Que tem zelo e carinho Vai abrindo os teus caminhos Então reza! “santo anjo do senhor Meu zeloso guardador, Se a ti me confiou A piedade divina, Sempre me rege, Sempre me guarde, Me governe Me ilumine, amém E quem pode mais do que deus? NINGUEM! Copyright © 2024 by Emanuel Galvão All rights reserved.

DOUTORES, ILUSTRÍSSIMOS, DIGNÍSSIMOS... (Lídia Maravilha)


            
             Doutores, Ilustríssimos, Digníssimos...

             Usamos todos os nossos recursos na nossa melhor formação. Que o purismo, o formalismo exagerado, o contorcionismo intelectual feito para justificar que uns nascem mais iguais que outros, não nos transforme em um número: O número da Ordem!


              Toda a sociedade nos reclama, esperando de nós uma resposta. Nós somos chamados, porque temos o Direito de operar, com exclusividade, o mecanismo da Justiça no Brasil.  O advogado não é apenas essencial à administração do poder judiciário, ele é imprescindível na construção da cidadania.  A nós cabe a honra, mas também a responsabilidade, de integrar um poder que se caracteriza pela defesa intransigente dos interesses mais altos do país. Desejo que sejamos arautos de um tempo de coerência ética, racionalidade e humanismo.

              Sejamos homens e mulheres que não esperam ser mandados, mas vão por iniciativa própria, que não se limitam ao dever, mas habitualmente vão além do dever, que interpretam cargos e posições como oportunidades de serviço mais dilatado a favor do próximo. Pautam suas decisões não por vantagens pessoais, mas pelo bem coletivo, que fazem da advocacia um látego impoluto para castigar os desmandos dos poderosos e uma espada para a defesa do direito dos mais fracos.

              Vivemos uma época perigosa, em que o valor do Ser humano é cada vez mais ameaçado, onde se quer explicar, modelar e controlar o homem, mas podemos torcer para que continuemos indivíduos com toda a complexidade que isso implica, cheios de incoerências, contradições, buracos negros, inexplicavelmente encantados ao olhar um amanhecer, imodeláveis diante da pessoa que amamos, incontroláveis frente ao desafio de viver, incorrigíveis, improváveis, inalcançáveis, assim, humanos, terrivelmente humanos.

Lídia Maravilha (Bacharela em Direito)

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