Doutores,
Ilustríssimos, Digníssimos...
Usamos todos os nossos
recursos na nossa melhor formação. Que o purismo, o formalismo exagerado, o
contorcionismo intelectual feito para justificar que uns nascem mais iguais que
outros, não nos transforme em um número: O número da Ordem!
Toda a sociedade nos
reclama, esperando de nós uma resposta. Nós somos chamados, porque temos o
Direito de operar, com exclusividade, o mecanismo da Justiça no Brasil. O advogado não é apenas essencial à
administração do poder judiciário, ele é imprescindível na construção da
cidadania. A nós cabe a honra, mas
também a responsabilidade, de integrar um poder que se caracteriza pela defesa
intransigente dos interesses mais altos do país. Desejo que sejamos arautos de
um tempo de coerência ética, racionalidade e humanismo.
Sejamos homens e mulheres
que não esperam ser mandados, mas vão por iniciativa própria, que não se
limitam ao dever, mas habitualmente vão além do dever, que interpretam cargos e
posições como oportunidades de serviço mais dilatado a favor do próximo. Pautam
suas decisões não por vantagens pessoais, mas pelo bem coletivo, que fazem da
advocacia um látego impoluto para castigar os desmandos dos poderosos e uma
espada para a defesa do direito dos mais fracos.
Vivemos uma época perigosa,
em que o valor do Ser humano é cada vez mais ameaçado, onde se quer explicar,
modelar e controlar o homem, mas podemos torcer para que continuemos indivíduos
com toda a complexidade que isso implica, cheios de incoerências, contradições,
buracos negros, inexplicavelmente encantados ao olhar um amanhecer, imodeláveis
diante da pessoa que amamos, incontroláveis frente ao desafio de viver,
incorrigíveis, improváveis, inalcançáveis, assim, humanos, terrivelmente
humanos.
Lídia Maravilha (Bacharela em Direito)
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