Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

MENINO (Natália Monte)




Menino, não me olha no olho
Senão, bamba, me encolho
E mil sorrisos hei de dar,
Minhas bochechas vão corar

Menino, não me fala assim,
Teu semblante é doce,
Como tão solto fosse
Teu sorriso de marfim



Menino, teu falar é mel,
Intacto como arranha-céu,
Não te chegues tão perto,
Ou meu pulso flui incerto

Menino, teu olhar é fascínio,
Tu és fantástico, faceiro
Teu abraço mantém domínio
Sob a saudade do dia inteiro

Menino, não brinca comigo,
Não te rias, não sejas cru
Vez que sabes que és tu
Instável, intenso, perigo. 

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