Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacienñtes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

INTUIÇÃO - ESPECTADOR DE ESTRELAS - (Emanuel Galvão)



Não sei bem como decifrar os astros
E por isso, perco sempre as estrelas
É como se algo me proibisse de tê-las
Guardá-las no peito, possuí-las nos braços.

Uso astrolábios, lunetas e intuição
Faço mapas, relatórios de experiências
Métodos aprovados pelas ciências
E não as decifro, em meio a escuridão.

Paciente, escrevo o que descubro delas
Seus fulgores, explosões, desaparecimentos
No intuito de entender seus sonhos, pensamentos.

Noites de lua, escuras, sozinhas; aquelas
Dormir sem saber, não ouso sequer
Que decifrar estrelas, é como desvendar uma mulher. 

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