Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

DOUTORES, ILUSTRÍSSIMOS, DIGNÍSSIMOS... (Lídia Maravilha)


            
             Doutores, Ilustríssimos, Digníssimos...

             Usamos todos os nossos recursos na nossa melhor formação. Que o purismo, o formalismo exagerado, o contorcionismo intelectual feito para justificar que uns nascem mais iguais que outros, não nos transforme em um número: O número da Ordem!


              Toda a sociedade nos reclama, esperando de nós uma resposta. Nós somos chamados, porque temos o Direito de operar, com exclusividade, o mecanismo da Justiça no Brasil.  O advogado não é apenas essencial à administração do poder judiciário, ele é imprescindível na construção da cidadania.  A nós cabe a honra, mas também a responsabilidade, de integrar um poder que se caracteriza pela defesa intransigente dos interesses mais altos do país. Desejo que sejamos arautos de um tempo de coerência ética, racionalidade e humanismo.

              Sejamos homens e mulheres que não esperam ser mandados, mas vão por iniciativa própria, que não se limitam ao dever, mas habitualmente vão além do dever, que interpretam cargos e posições como oportunidades de serviço mais dilatado a favor do próximo. Pautam suas decisões não por vantagens pessoais, mas pelo bem coletivo, que fazem da advocacia um látego impoluto para castigar os desmandos dos poderosos e uma espada para a defesa do direito dos mais fracos.

              Vivemos uma época perigosa, em que o valor do Ser humano é cada vez mais ameaçado, onde se quer explicar, modelar e controlar o homem, mas podemos torcer para que continuemos indivíduos com toda a complexidade que isso implica, cheios de incoerências, contradições, buracos negros, inexplicavelmente encantados ao olhar um amanhecer, imodeláveis diante da pessoa que amamos, incontroláveis frente ao desafio de viver, incorrigíveis, improváveis, inalcançáveis, assim, humanos, terrivelmente humanos.

Lídia Maravilha (Bacharela em Direito)

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