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MEUS ESTIMADOS AMIGOS - DIA DO POETA (Emanuel Galvão)

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Para começar a semana Visitei meu amigo Mário Refiro-me ao Quintana E para meu poema  ficar danado de bom Parceria com Drummond Para ele não conter vícios Parceria com Vinicius E ser amigo do rei Nessa grande brincadeira Acompanhei Manuel Bandeira Também entre as pedras Cresceu minha poesia Cresceu com essa menina Grande Cora Coralina Poesia não precisa de motivo Basta ler em Ledo Ivo Quero iluminar de cima Acendendo lampiões Como fez Jorge de Lima Fazer um poema elegante Sofisticado, bacana Como faz o Afonso O Romano de Sant’anna Fazer poesia que arde Como faz Bruna Lombardi Não escrever coisa atoa Como fez Fernado Pessoa Fazer veros de quilate Como o Olavo Bilac Poema que seja casa Grande como uma mansão Como ergueu Gonzaga Leão Poema de morte e vida Severina vida sem teto Trabalhar no mesmo tema Faze grande o meu poema Como João Cabral de melo Neto Poema que a boca escarra E que escreve com a mão Que afaga e apedreja Sem flores e seus arranjos Como fez Augusto dos Anjos E na Can...

Caixa de Pandora (Emanuel Galvão)

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"...as pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza,  do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos  diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma.  Pois o aroma é um irmão da respiração  - ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma,  diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer,  amor e ódio.  Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas." Trecho de O Perfume - Patrick Suskind Eu sei ler teu corpo Não pense mal de mim Sou feiticeira sim Mas da porção do bem Me quer? De Zeus  Com todo dote Sou mulher semelhante as deusas imortais Mulher com algo mais Assim me fez Hefesto Não digas que não presto Sou da porção do bem Me quer? Se me quer, acredite O desejo indomável quem me deu foi Afrodite Prendada, feita para amar...

Delícia (Patricia Vieira)

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Sua alegria É igual a melancia, Quanto mais a  gente come Mais se delicia! Copyright © 2018 by Patrícia Vieira All rights reserved.

Brincadeira (Mírian Monte)

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Foi brincar de lua, Percebeu-se nua, Em meio às estrelas E conchas do mar Umas maldiziam, Em tom de cochicho, O puro capricho De se revelar Dela se queixavam, Outras, amiúde, Por sua atitude De se desnudar E argumentavam Que não poderia Inspirar solfejos À brisa do mar Mas a lua cheia Tão resplandecente Estava indiferente E decidiu brilhar No fundo, sabia Que sua ousadia Só despertaria Sonhos de mudar Que agradeceriam Em fase derradeira Pela brincadeira De iluminar.

Senhora dos Prazeres (Ronaldo de Andrade / Mácleim)

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                                                                        Rainha de terra e mar Senhora do azul do céu Iara da Mundaú Sereia das enseadas Mãe d’água de Maceió Sua graça é dos prazeres Ó senhora das auroras Estrela da madrugada Que ilumina a cidade Para dançar e tocarem Bois e tambores nas ruas De lá da Ponta da Terra Te rendemos homenagens Ó Iá da prosperidade Mãe dos homens de fé Jangadeiros, Trapicheiros És também a flor do amor Que adorna os terreiros Encarnados da paixão No Poço e no Jaraguá Minha Mestra e Contra Mestra Pastorinha do presépio Diana do pastoril Com manto faixa e coroa E sete rosas na mão Tanta graça, tanto mimo Tá no badalar dos sinos Nas torres perto de Deus Da catedral onde moras Ao brilho de sol e lua Nos temporais e no estio Encantai...

MEU CHÃO: NORDESTE (Emanuel Galvão)

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Tanto mais me aproximo do meu chão Mais escuto no ar uma canção Como hino trazido pelo vento Que me faz lembrar todo momento O torrão ardente que me deste A brisa que sopra em meu nordeste. Tanto mais me aproximo do meu chão Mais me pego a fazer uma oração Pra que nunca me esqueça dessa raiz Que apesar de desprezado no país Tem cultura bela e inconteste Essa gente que habita o meu nordeste. Tanto mais me aproximo do meu chão Mais me arde no peito uma paixão Um amor tão quente quanto o sol Colorindo o céu num arrebol Descansando seu brilho no oeste Vai se pondo o sol do meu nordeste. Tanto mais me aproximo do meu chão Mais me dói essa perversa agressão De que somos um povo ignorante Que balança a cabeça a todo instante Se não nos conhece, não se preste A escarnecer assim do meu nordeste. Tanto mais me aproximo do meu chão Gonzaga, Padre Cicero, Lampião Patativa do Assaré, “o inteligente” Representam bem mais a minha gente Não carece de aprovação lá ...