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Mostrando postagens de 2023

MEUS ESTIMADOS AMIGOS - DIA DO POETA (Emanuel Galvão)

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Para começar a semana Visitei meu amigo Mário Refiro-me ao Quintana E para meu poema  ficar danado de bom Parceria com Drummond Para ele não conter vícios Parceria com Vinicius E ser amigo do rei Nessa grande brincadeira Acompanhei Manuel Bandeira Também entre as pedras Cresceu minha poesia Cresceu com essa menina Grande Cora Coralina Poesia não precisa de motivo Basta ler em Ledo Ivo Quero iluminar de cima Acendendo lampiões Como fez Jorge de Lima Fazer um poema elegante Sofisticado, bacana Como faz o Afonso O Romano de Sant’anna Fazer poesia que arde Como faz Bruna Lombardi Não escrever coisa atoa Como fez Fernado Pessoa Fazer veros de quilate Como o Olavo Bilac Poema que seja casa Grande como uma mansão Como ergueu Gonzaga Leão Poema de morte e vida Severina vida sem teto Trabalhar no mesmo tema Faze grande o meu poema Como João Cabral de melo Neto Poema que a boca escarra E que escreve com a mão Que afaga e apedreja Sem flores e seus arranjos Como fez Augusto dos Anjos E na Can...

Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Invenção de Orfeu [Reino Mineral] (Jorge de Lima)

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  Sal-Gema extraído pela Braskem "mina 18" REINO MINERAL Quem te fez assim soturno quieto reino mineral, escondido chão noturno? Que bico rói o teu mal? Quem antes dos sete dias te argamassou em seu gral? Quem te apontou pra onde irias? Quem te confiou morte e guerra? Quem te deu ouro e agonias? Quem em teu seio de terra infundiu a destruição? Quem com lavas em ti berra? Quem te fez do céu o chão Quieto reino mineral? Quem te pôs tão taciturno? Que gênio fez por seu turno antes do mundo nascer: a criação do metal, a danação do poder?           Invenção de Orfeu, Canto Primeiro, XI

Jorge de Lima (Mírian Monte)

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  * Lá vem o poeta Jorge de Lima Acendendo os lampiões da minha verve Apagando qualquer impulso ensoberbe Pois não se concebe vaidade na rima Lá vem o modernista Jorge de Lima Secando lágrimas da pouca estima  Inventando Orfeu e seu Oceano íntimo  Tornando, um desgosto de amor, em algo ínfimo  Lá vem o político Jorge de Lima Com sua fábrica de anjos, a Mulher proletária,  Fazendo do mundo do menino impossível  Uma terra plausível e não imaginária Lá vem o médico Jorge de Lima  Dos Banguês, da Serra da Barriga Forjado na melhor escola de medicina Onde a pobreza, da riqueza, é amiga  Lá vem o enigmático Jorge de Lima Com seu cinematográfico Circo Místico Com Lily Braun, um picadeiro holístico  O sagrado e o profano num espetáculo artístico  Lá vem o imortal Jorge de Lima  Com sua União dos Palmares Sua Negra Fulô, seu Xangô, sua democracia  Lá vem o príncipe dos poetas com sua alagoana poesia Copyright © 2023 by Mírian Monte All ...