Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Já Basta (Pedro "Pedrada" Caetano)

Marielle – Mujer, de Joana Ziller

"Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito é um defeito que mata"*

Do preto de Nazaré até a preta da maré
Vemos as marcas desta opressão
O preconceito é aceito, só quem sofre vai saber
Os flagelados com essa perseguição
Eles podem até tentar a voz do povo calar
Pela culatra o seu tiro foi em vão
Como você vai dormir, com esse modo de agir
Sua segurança vai vir da educação

Oh, já basta!
Oh, já basta!

Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito é um defeito que mata

Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito é um defeito que mata

Dos humilhados e ofendidos, dos explorados e oprimidos

Dos que lutam e querem a mudança
Dos que nunca, perdem a esperança
Sonho que se sonha junto muda realidade
Por todos os nossos mártires da sociedade
Pode parecer difícil termos capacidade
De ver além do ouro e da prata

Oh, já basta!
Oh, já basta!

Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito é um defeito que mata

Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito é um defeito que mata




*Música incidental: Pequena Memória Para Um tempo Sem Memória, de Luiz Gonzaga do Nascimento Junior (Gozaguinha)

Ouça a Música do Ponto de Equilíbrio

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