Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Neruda (Rafael Britto)


Não me prive do consolo do seu olhar terno
E nem troque as fechaduras do seu coração
Acabe com esses delírios tão inquietos
Pois estou perto e certo que temos solução

Se eu posso viver tudo isso de novo, posso lhe fazer feliz agora...

Se deite na areia da praia mais linda que ver
Relembre seus momentos felizes comigo
Refaça as coisas que não deram certo
Procure nas ondas da vida um mar de sorrisos

Se eu posso viver tudo isso de novo, posso lhe fazer feliz agora...

Volta pra casa, trazendo as malas de sua viagem
Na bagagem mostra por onde seu sonho passou
O que soprou o vento em seus cabelos
Remete-los ao acordar que nossa vida já chegou

Se eu posso viver tudo isso de novo, posso lhe fazer feliz agora...

E se você dormir por estar confusa com isso
Cismo eu mesmo de tentar te ajudar
Acompanhar seu sofrimento tão impreciso
Algo tão ambíguo, mas querido, como o mar

Se eu posso viver tudo isso de novo, posso lhe fazer feliz agora...

Sou péssimo com as palavras e formas
Não sei se entende meu sofrimento á você
Não quero nunca que na dúvida vá embora
De toda forma, minha queria, só preciso te ver

Se eu posso viver tudo isso de novo, posso lhe fazer feliz agora.

*Foto: Valéria Patrícia

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