Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Outro Natal (Paulo Miranda Barreto)



outro Natal se passou
igual a outros iguais. . .
’Jesus nasceu, sofreu, ressuscitou
deixou-nos sua Luz . . . não voltou mais’

faz muito tempo . . . e, o que se transformou?
ainda guerreamos . . . pela paz . . .
não nos amamos mais do que Ele amou . . .
seguimos egoístas . . . imorais

alheios às Lições que Ele ensinou. . .
e cheios desse orgulho contumaz
que o Cristo, claramente condenou . . .
(por bem saber o mal que ele nos faz)

em nossos corações . . . o que vingou?
o amor de Deus? o fel de Satanás?
após dois mil Natais . . . nada mudou
(seguimos libertando . . . Barrabás).


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*Ilustração de Pawel Kuczynski

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