Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Aflito (Victor Galvão Marques)




Hoje eu acordei meio Machado, meio irônico meio defunto.

Acordei no anseio de jorrar na cara do mundo meu pseudo pós-modernismo plagiado. Acordei meio metade, meio saudade,

biscate.

acordei meio incompleto, meio.

Mas por mais que me levante, o despertador me grita verdades, me grita incapacidades e desventuras. Meu travesseiro me sussurra desistências e incompetências.

Ah calem-se todas as vozes que me enrocam.

Descongestiona!

"Escreve na parede suas decepções, rasga na maçaneta suas inconclusões!"

Mas mesmo que eu volte a dormir, permanece na insônia o amor, a questão e a canção.

Mesmo que acorde cada dia uma vanguarda, mantenho oculto na poesia a aflição.


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