MEUS ESTIMADOS AMIGOS - DIA DO POETA (Emanuel Galvão)

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Para começar a semana Visitei meu amigo Mário Refiro-me ao Quintana E para meu poema  ficar danado de bom Parceria com Drummond Para ele não conter vícios Parceria com Vinicius E ser amigo do rei Nessa grande brincadeira Acompanhei Manuel Bandeira Também entre as pedras Cresceu minha poesia Cresceu com essa menina Grande Cora Coralina Poesia não precisa de motivo Basta ler em Ledo Ivo Quero iluminar de cima Acendendo lampiões Como fez Jorge de Lima Fazer um poema elegante Sofisticado, bacana Como faz o Afonso O Romano de Sant’anna Fazer poesia que arde Como faz Bruna Lombardi Não escrever coisa atoa Como fez Fernado Pessoa Fazer veros de quilate Como o Olavo Bilac Poema que seja casa Grande como uma mansão Como ergueu Gonzaga Leão Poema de morte e vida Severina vida sem teto Trabalhar no mesmo tema Faze grande o meu poema Como João Cabral de melo Neto Poema que a boca escarra E que escreve com a mão Que afaga e apedreja Sem flores e seus arranjos Como fez Augusto dos Anjos E na Can...

Norte, não! NORDESTE! (Felipe Chaves Guimarães)



Nascido em Maceió/Alagoas, quis a vida me levar, me alfabetizar e me criar na Ponta da Praia/Santos/São Paulo. Cresci como aqueles meninos que moram no “Sul” de um Brasil que me diziam que era dividido em somente duas regiões.


Depois a vida mudou de ideia e me levou de volta pro “Norte”. E nessa volta pra casa, fui recebido por Fabiano (Graciliano Ramos), Severino (João Cabral de Melo Neto) e pela dupla Chicó e João Grilo (Ariano Suassuna). O quarteto me deu logo uma tapa tão bem dada que aprendi num instante a chamar porrada de lapada. E aprendi a berrar aos outros: Norte não! NORDESTE!

Foi num almoço de domingo, na casa do meu avô Tó, que eu peguei emprestado “Vidas Secas”, “Morte e Vida Severina” e “Auto da Compadecida”. E já se foram quase 15 anos daqueles dias em que esses três livros fizeram eu me (re)conhecer.

Já faz um tempo que Graciliano foi brincar com baleia (1953) e que João Cabral terminou sua jornada beirando o rio (1999). Agora foi a vez de Ariano, que encontrou a pouco com a sua Compadecida.

Dos três, a morte de Ariano é a que estou vendo. E vivendo.

Em nome do mestre que hoje se foi, agradeço demais aos outros dois. Estes três nordestinos me fizeram ser. Ser-tão!







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