MEUS ESTIMADOS AMIGOS - DIA DO POETA (Emanuel Galvão)

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Para começar a semana Visitei meu amigo Mário Refiro-me ao Quintana E para meu poema  ficar danado de bom Parceria com Drummond Para ele não conter vícios Parceria com Vinicius E ser amigo do rei Nessa grande brincadeira Acompanhei Manuel Bandeira Também entre as pedras Cresceu minha poesia Cresceu com essa menina Grande Cora Coralina Poesia não precisa de motivo Basta ler em Ledo Ivo Quero iluminar de cima Acendendo lampiões Como fez Jorge de Lima Fazer um poema elegante Sofisticado, bacana Como faz o Afonso O Romano de Sant’anna Fazer poesia que arde Como faz Bruna Lombardi Não escrever coisa atoa Como fez Fernado Pessoa Fazer veros de quilate Como o Olavo Bilac Poema que seja casa Grande como uma mansão Como ergueu Gonzaga Leão Poema de morte e vida Severina vida sem teto Trabalhar no mesmo tema Faze grande o meu poema Como João Cabral de melo Neto Poema que a boca escarra E que escreve com a mão Que afaga e apedreja Sem flores e seus arranjos Como fez Augusto dos Anjos E na Can...

LENDO IVO (Emanuel Galvão)









Sinto saudades do que nunca fui,
do que deixei de ser, do que sonhei
e se escondeu de mim atrás da porta.

(Lêdo Ivo)


Ledo engano
Quem acha que o conhecia
Pela via da poesia.
Um nome substantivo
Para além do próprio
Adjetivo:
Ledo,
Alegre, contente, satisfeito, jubiloso.
Quem assim o descreveria?
Que não necessita de acento,
Para ser um imortal
Ter seu assento na academia.

Homem do mundo
Com alma dos eternos viajantes
Sempre de malas prontas
Foi abraçar Cervantes.
Quem gosta de viagens
Respeita as estações
Não questiona os preços
Das passagens
Faz uma leitura das paisagens
Aproveita as novas emoções.

Sabia que seu eu
Estava escondido atrás da porta
- E Deus a abriu
Completando a esmo
O verso –
- Vem Ivo! Contempla
A imagem de si mesmo
Passeia agora em outro universo.


Deixa O Ninho das Cobras
A Noite Misteriosa...
Adentra a porta.
Quem parte deixa para traz
O peso da carne e das mágoas
Ledo, alegre, contente, satisfeito, jubiloso.
Deixa também a aparente face de sisudo
E abre um sorriso...
Quem amava o paraíso das águas
Não há de estranhar
Qualquer outro paraíso.





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