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Mostrando postagens de julho, 2012

Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

A VIDA É COMO JOGAR UMA BOLA NA PAREDE (Albert Einstein)

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A vida é como jogar uma bola na parede: Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul; Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde; Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca; Se a bola for jogada com força, ela voltará com força. Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma que você não esteja pronto a recebê-la. A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos.  Albert Einstein

PORQUE ESCREVO (Rita Mendonça)

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Escrevo pra te ter por perto. É somente isso. Por saber que em algum lugar – não sei ao certo onde, talvez do meio do mar – buscarás por mim com os olhos de tua alma cega,  todo os dias. Em tempos modernos, leituras diárias e obrigatórias são as chamadas do jornal on line, a caixa de mensagens, o twitter, o site de compras em promoção. Os meus escritos não se encontram entre as opções recomendadas pelos especialistas, para uma boa administração do tempo e da vida. Estariam na classificação das futilidades.  Mas sei que tens, silencioso e furtivo,  mais um item essencial em tua rotina diária: o Meu Jardim. Perde-te nele,  escondendo-se dos especialistas e consultores.

*O QUE É UMA MENINA (Yasmin Smith)

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Entre a adolescência e a infância, existe um doce ser humano chamado menina. Meninas são encontradas em todas as partes: gritando em, arrumando-se na, dançando em uma, chorando em um. Os pais as amam, os meninos as irritam, os bebezinhos as adoram, o céu as protege.

O QUE É UM MENINO (Alan Beck)

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Alan Beck Tradução de Benedito Ferri de Barros Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade há uma deliciosa criatura chamada MENINO.

BRAZILEIRÍSSIMA (Paulo José Gonçalves)

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            Corria ela, a beira-mar, incandescente, tumbante, luzente. Cabelo laranja, cor-cobre, coisa assim.  Camisa preta, letras branco-prateadas, escrito “stop”.  Saia de marca, calcinha Du’Loren, azul escoarente.  Salto ponta-de-agulha, chiclete na boca.  Na boca um batom vermelho escuro.  Na face uma luz pálida.   Inconsciente.  Tiro no peito.   Asas na alma.  Morreu calada, quase impura. Tão brasileira.   Copyright © 2012 b y Paulo José Gonçalves All rights reserved.

ESCUTATÓRIA (Rubem Alves)

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                                                                                    Rubem Alves   Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado  curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer  aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho  que ninguém vai se matricular.           Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também  não ter filosofia nenhuma".           Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma". Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar  um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que

A QUEM ESCREVE* (Edna Lopes)

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"A poesia se embrenhou nos meus modos viventes. Não é mais só minha matéria-prima, é minha matéria-imã, minha matéria-irmã, minha matéria-mãe." Elisa Lucinda “Mas pode alguém acusar-nos de ociosos? Nós polimos as almas com a lixa do verso.”(...) Maiakósvisk Ao escrever, deixa que a alma diga sua dor, sua alegria, seu amor, seu louvor, sua paixão, sua afeição. É preciso viver cada emoção, mesmo as que não são da tua vida, da ordem do teu dia. É preciso “aprender” ser do lugar do outro, do lugar do prazer ou do sofrer do personagem que escolhes.

SE NÃO TIVESSE SIDO AGORA (Adriana Moraes)

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Se não tivesse sido agora, faria ter sido antes É que todo homem diante do amor treme Eu não, eu sou diferente, sou mulher! Fraca, fresca, fria, fútil...nada disso, Forte, fogosa... Faminta! Mulheres até choram, mas nunca tremem...

Pele (Emanuel Galvão)

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* O coração?!... O símbolo do amor Ao contrário do que se imagina Deveria ser a pele Que ninguém sabe onde começa Ou onde termina A mesma que esticamos ao sol - melanina – Como num curtume Que cobrimos menos por pudor E mais por costume Onde ficam as cicatrizes Pele veste das meretrizes Mercadoras de amor... Pele símbolo de pureza Desde a eternidade A pele que membrana a virgindade Fonte de beleza Flor de liberdade Pele que é o amor do outro lado da rua Que não se atravessa Por mais que se tenha vontade Pele que repousa nua E que o vento passeia Sem pudor nem pressa Que assim feito o amor Ninguém sabe onde começa ou termina Misteriosa tela que não se descortina Onde se tatuam os desejos Arranham-se fantasias Tecido onde se enxugam os beijos Casca em que teço minha poesia E o vento insistente Despudorado abusa Membrana fina Que reveste o corpo de uma musa. Copyright © 2007 by Emanuel Galvão All rights reserved. *Pintura de S. Marshennikov

PALAVRAS (Dydha Lyra)

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Eu me trajo dessas palavras  e desfilo elegantemente para as ilusões  sob o olhar de reprovação da indiferença,  e levanto a cabeça  quando alguem me pergunta como estou,  repenso tudo e digo:  Vivendo e achando bom... Dydha Lyra Copyright © 2011 by Dydha Lyra All rights reserved. *veja mais de Dydha Lyra aqui:  movimentodapalavra.blogspot.com

QUEIMA (Pedrosill)

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Assim como os fogos de artifícios, a paixão é um lindo espetáculo Pra quem não se acaba entre as chamas! Copyright © 2012 by Pedrosill All rights reserved. *veja mais de Pedrosill aqui:   http://www.pedrosill.com

O TEMPO (Pedrosill)

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Eu era o seu experimento Você que nunca percebeu Um belo exemplo de tempo Daqueles que você perdeu

PASSEIO COM MEU PAI (José Alberto Costa)

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Sonhei que meu pai me levava a passear, por campos diferentes daqueles que percorríamos, em nossa terra de muito sol. Local frio, de luz mortiça, um entardecer parado no tempo, que não deixava a noite chegar. Eu muito pequeno, ele muito grande como sempre me pareceu a vida inteira. Grande na estatura, nas atitudes. Eu, um pigmeu que mal conseguia acompanhar seus passos firmes.

DIVAGAÇÕES (Cavalcanti Barros)

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Eu creio que o poder maior da mente excede a tudo o que se nos revela. Que a força do pensar é simplesmente um toque vibração gerado nela.

'NÃO É JUSTO...' (Agência Fallon Brasil)

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             'Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete.'         'Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela.'         'Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama.'

'QUANDO VOCÊ PERCEBER QUE...' (Ayn Rand)

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'Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; e então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada'.

INIMIGO DA CRIATIVIDADE (Pablo Picasso)

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‎'' ... O maior inimigo da criatividade é o bom senso ... ''

EU SOU A VIDA (Cavalcanti Barros)

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Não se enganem, sou a vida. Magicamente contida num corpo que Deus me deu. Tudo simples, sem mistério: Corpo morre.  Cemitério. Vida não morre.  Sou eu. Copyright © 2010 by Cavalcanti Barros All rights reseserved. José Cavalcanti Barros, que já foi jornalista, radialista e palhaço radiofônico, na velha Difusora, e que, no apogeu da maturidade, continua nos presenteando com maravilhosas poesias. ( Arlene Miranda ) *veja mais de Cavalcanti Barro aqui:   http://movimentodapalavra.blogspot.com

CONCEITOS (Emanuel Galvão)

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A palavra pesada Diz ferro Gritante diz Berro Carente diz Quero

AMOR - SEM EXPLICAR (SEDUTOR SEDUZIDO) (Emanuel Galvão)

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Os meus olhos, sei te encabulam Porém, o silêncio não te incomoda Nesse meio, corações confabulam E meus braços teu corpo acomoda O que dizer do amor, qual a essência? Em que palavra inusitada ele reside? Onde buscar respostas, em qual ciência? Em quantas partes se compõe ou se divide? É preciso saber ouvir o amor! Eu que sempre me soube sedutor Via-me agora, perplexo e seduzido E ela tal qual fada, uma adivinha Socorreu-me em sussurro ao  meu ouvido - Cala tua boca , na minha. (Emanuel Galvão - Livro Flor Atrevida - Quadrioffice/2007)

SALVE A DEMOCRACIA (Laerço dos Santos)

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Nossa gente se achava Em época mui sombria Limitando o que falava Pra não ser penalizado Pois nossa gente gemia.

ANTES QUE MEU CORAÇÃO PARE (Emanuel Galvão)

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"Há somente quatro questões de valor na vida: O que é sagrado? De que é feito o espírito? Pelo que vale a pena viver? E pelo que vale a pena morrer? A resposta a cada uma delas é a mesma: amor.  Apenas amor." Don Juan DeMarco Eu preciso dizer que te amo Tenho que aproveitar Enquanto meu coração bate.

METÁFORAS (Emanuel Galvão)

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À Massimo Trosi e Pablo Neruda Ele me diz coisas que me intrigam... Depois descobri, que eram poesias - metáforas – Metáforas são sempre melhor Que mentiras.

CANA DE AÇUCAR (Emanuel Galvão)

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A foice que decepa a cana Deixa em mim as cicatrizes. O meu patrão deitado em berço esplêndido Quando pisa o chão com botina, Pisa onde deitei raízes, Onde forrei minha esteira, Pra descansar meu corpo moído Da minha dura rotina. Que tal qual a cana ficou um bagaço.

CÍNICO (Emanuel Galvão)

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O meu menino é assim: Sincero Pelo menos é o que espero Quando ele me diz coisas que qualquer mulher gosta de ouvir Quando me beija a pele, começa sempre pela boca E pra me deixar completamente louca Percorre todo resto como um explorador em terra nunca vista  Consegue ser o meu amor Carinhoso e detalhista Em partes tão escondidas, tão sensíveis que me fazem rir Sabe meu canto predileto Cínico Que conhecendo perfeitamente a geografia do meu corpo Perde-se nele por completo Pra poder redescobrir Fingir que é novidade.... Nem sei se é por maldade Que ele age assim Pra poder me deixar com saudade Dessa masculinidade que brinca Feito criança E me faz ter esperança De tê-lo sempre pra mim. (Emanuel Galvão - Livro Flor Atrevida - Quadrioffice/2007)

MOLHADA DE SUOR E DE DESEJO (Emanuel Galvão)

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Tu chegaste como a brisa Eu nem esperava por ti Mas tu me arrepiaste a pele Entraste pelos poros Quando me dei conta Ao amanhecer Já era toda tua E me olhava nua Eu ainda tonta Molhada de suor e de desejo Implorei pelo teu beijo. (Emanuel Galvão - Livro Flor Atrevida - Quadrioffice/2007)

BELEZA DE MULHER (Emanuel Galvão)

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Vejo seu rosto Sinto seu corpo Como alguém que vê Sente ou entra no mar Pela primeira vez É sempre um impacto A gente nunca sabe  Se tem limite Aquela maravilha. (Emanuel Galvão - Flor Atrevida - Quadrioffice/2007)

DOS EXCLUIDOS (Emanuel Galvão)

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Oh pátria minha! Mãe gentil Teu filho pede esmola Pede escola Pede pão Que voz horrível é essa? Será vossa? A voz que me diz... Não.

FEMININA (Emanuel Galvão)

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Ser feminina, Esse jeitinho encantador. Que segredos tem, menina, Quantos dengos, o amor? Será que tem haver com ser traquina, Será no olhar tímido e sedutor Ou no sorriso que fascina? Ter o corpo coberto de olor Ser meiga, sensual e ladina? Pode-se dizer o que quiser. Porém, ser feminina: É nunca esquecer de ser menina, Quando se traz no corpo uma mulher. (Emanuel Galvão - Livro Flor Atrevida - Quadrioffice/2007)

GEOGRAFIA (Emanuel Galvão)

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Porque sempre me acho perdido no teu corpo?

O QUERER (Emanuel Galvão)

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Mulher Como quisera beber da tua fonte Banhar-me na lubricidade do teu corpo E ver-me, assim, feito um menino No teu colo. Pois, que um homem mesmo força Às vezes necessita ser amparado Mesmo tendo-te Padece de insegurança. Como quisera descobrir um só desejo Nesses olhos buliçosos de menina E dos silentes lábios Mais que um beijo Socorra as minhas dúvidas de criança. Pois, que o destino que une Às vezes, separa E os olhos que vislumbram Se turvam encharcados na lembraça. Mulher Como quisera ter-te com loucura Desfrutar do teu corpo com doçura E receber teu abraço na alegria. Pois, que um homem às vezes é poeta Mas, quando ama É exaustão , é êxtase, é vida e poesia. Emanuel Galvão (Livro Flor Atrevidas - Editora QuadriOffice/2007)

A ARTE DE GOSTAR DE MULHER (Rafael Martí)

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Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na Uerj, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: "...para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher". Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou.