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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Olhos (Ademir João da Silva)

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Olhos que prendem como o visgo prende o passarinho Olhos que fazem perder-se o íntimo Olhos nítidos que fisgam para o seu cristalino Neste lago há redemoinhos Que engolem o coração Tesão, tensão, paixão Olhos da medusa? Com certeza olhos da deusa Olhos vivos Olhos craúna O que há no fundo destas minas? Rubis...topázio...destinos Que destino? Náufrago é, quem mergulha neles. Copyright © 2019 by Ademir João da Silva All rights reserved.

Já Basta (Pedro "Pedrada" Caetano)

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Marielle – Mujer, de Joana Ziller "Memória de um tempo onde lutar Por seu direito é um defeito que mata"* Do preto de Nazaré até a preta da maré Vemos as marcas desta opressão O preconceito é aceito, só quem sofre vai saber Os flagelados com essa perseguição Eles podem até tentar a voz do povo calar Pela culatra o seu tiro foi em vão Como você vai dormir, com esse modo de agir Sua segurança vai vir da educação Oh, já basta! Oh, já basta! Memória de um tempo onde lutar Por seu direito é um defeito que mata Memória de um tempo onde lutar Por seu direito é um defeito que mata Dos humilhados e ofendidos, dos explorados e oprimidos Dos que lutam e querem a mudança Dos que nunca, perdem a esperança Sonho que se sonha junto muda realidade Por todos os nossos mártires da sociedade Pode parecer difícil termos capacidade De ver além do ouro e da prata Oh, já basta! Oh, já basta! Memória de um tempo onde lutar Por seu direito é um defeito que ma

Teus Olhos Negros, Tua Tez Morena (Carlos Manuel Arita)

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Fascina-me a brancura da açucena - as flores alvas são as mais bonitas - mas me atraem com forças infinitas teus olhos negros, tua tez morena. Como as flores, também, casta e serena, aos desejos de amar, por certo, incitas, porém só vejo, em ânsias vãs, aflitas, teus olhos negros, tua tez morena e se adorar-te fosse a minha pena, arrastaria tudo, humildemente (a alma, livre da angústia que a condena), para ter-te afinal sempre presente, amaria em silêncio, eternamente, teus olhos negros ... tua tez morena. (Honduras 1912 - 1989)

Acolher (Claudia Lima)

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Dê abraços acolhedores sempre. Só quem já acolheu uma criança pequena no colo E sentiu dela um relaxamento de confiança, de entrega Sabe o que é acolher. Para acolher é necessário Estar pronto a receber, E não é fácil... Porque a troca de energia É via de mão dupla: vai e volta. Quem vai em busca do acolhimento Procura: calor, segurança, aconchego, entrega Chega em busca de um abraço, um colo... Por muitos motivos: dor, perda, decepção, estresse, coração partido e muito mais... Quem acolhe tenta ser esponja grande e macia, Cheia de energia positiva Para acolher, e acolher bem.  Copyright © 2019 by Claudia Lima All rights reserved.

Proletariado (Hélder Aragão - Dj Dolores)

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*(foto) Justiça, que justiça? Se é sempre a mundiça entupindo as prisões! Justiça, que justiça? Se é sempre a mundiça entupindo as prisões! Justiça, que justiça? Se é sempre a mundiça entupindo as prisões! E quem é que apanha? Proletariado! É quem passa a fome? Proletariado! Sempre desempregado? Proletariado! A caminho do crime? Proletariado! Quem tá fora da festa, Quem bate com testa, No muro da grana, Quem mora no buraco, Quem carrega o saco, Quem é o culpado? Pra quem é a polícia? Pra quem é a polícia? Justiça, que justiça? Se é sempre a mundiça entupindo as prisões! Justiça, que justiça? Se é sempre a mundiça entupindo as prisões! Justiça, que justiça? Se é sempre a mundiça entupindo as prisões! E quem é que apanha? Proletariado! É quem passa a fome? Proletariado! Sempre desempregado? Proletariado! A caminho do crime? Proletariado! Quem tá fora da festa, Quem bate com testa No muro da grana, Quem mora no buraco, Quem carrega o saco, Quem é o culpado? Pra quem é a