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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

DESÍGNIOS (Bruna Lombardi)

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alguém pode me dizer se estava prevista na palma da minha mão esta paixão inesperada se estava já escrita e demarcada na linha da minha vida se fazia já parte da estrada e tinha que ser vivida

LÁBIOS (Emanuel Galvão)

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Lábios: São mais do que formas arredondadas Macias, rosadas Em você, São as formas adequadas Do prazer.

A FALTA (Emanuel Galvão)

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Sabe lá, O que é ter uma musa maravilhosa E faltar-lhe o verbo, A rima precisa, a palavra donosa.

MULHER POR EXCELÊNCIA (Emanuel Galvão)

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Esse macho, que me vem como ladrão Me rouba essa segurança de mulher Despreza-me com esse olhar de mansidão E me devora com seus beijos, quando quer.

FLOR ATREVIDA (Emanuel Galvão)

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Disseram-me: “O amor é para os poetas” Sim, minha bela! O amor é para os poetas, Mas não apenas os de aptidão.

TERCETOS (Olavo Bilac)

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Noite ainda, quando ela me pedia Entre dois beijos que me fosse embora, Eu, com os olhos em lágrimas, dizia: "Espera ao menos que desponte a aurora! Tua alcova é cheirosa como um ninho... E olha que escuridão há lá por fora! Como queres que eu vá, triste e sozinho, Casando a treva e o frio de meu peito Ao frio e à treva que há pelo caminho?! Ouves? é o vento! é um temporal desfeito! Não me arrojes à chuva e à tempestade! Não me exiles do vale do teu leito! Morrerei de aflição e de saudade... Espera! até que o dia resplandeça, Aquece-me com a tua mocidade! Sobre o teu colo deixa-me a cabeça Repousar, como há pouco repousava... Espera um pouco! deixa que amanheça!" — E ela abria-me os braços. E eu ficava. 

CORAÇÕES FRAGMENTADOS (Emanuel Galvão)

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Quantas vezes amará um coração fragmentado? Quantos desertos atravessará em sua solidão? A resposta está, tão somente, na perfeita aptidão Que tem o coração para ser cruelmente maltratado.