Minha Vó Maria Conga (Emanuel Galvão)

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 Minha vó Maria conga Sempre com um terço na mão Me ensinou uma oração Prá quebrar milonga Parecia uma canção Ela falava quimbunda Linguagem, lá da angola  Oração contra quebranto Trouxe com seu povo banto Pena que não se ensina na escola -“tu tens quebranto,  Dois te puseram, três hão de tirar.  De onde este mal veio  Para lá torne a voltar.  Mando embora esse quebranto Em nome das três pessoas da santíssima trindade  Que é o pai, o filho e o espírito santo. Lanço fora essa maldade  Ámem” “quem pode mais do que Deus?” - NIGUEM! Minha vó Maria conga me dizia: Quer de noite, quer de dia Tu “tem” um anjo, menino! Um exú, um anjo negro Que tem zelo e carinho Vai abrindo os teus caminhos Então reza! “santo anjo do senhor Meu zeloso guardador, Se a ti me confiou A piedade divina, Sempre me rege, Sempre me guarde, Me governe Me ilumine, amém E quem pode mais do que deus? NINGUEM! Copyright © 2024 by Emanuel Galvão All rights reserved.

Toda Matéria (Mírian Monte)

Foto by: Maria Thereza Monte Borges de Souza

Pode a morte ser como as velas
Navegando o Mucuripe
Da canção que ora é festa
Com refrão que sempre é triste
Ou a flor da moça bela
Arremessada do arrecife
Para flutuar nas ondas
Com a fé que ainda existe

Pode a morte ser o gozo
Ou o beijo dos amantes
Pode a morte ser desgosto
De lembrar como era antes
Pode a morte ser o sonho
Que não se realizou
Pode ser o desconforto
Do medo e do desamor

Sinto a morte percorrendo
Minhas veias e artérias
E por isso tenho pressa
De viver toda matéria
E até que eu pereça
Provarei cada sabor
E quem sabe aconteça
O que dizem ser amor

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