Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

MULHER PLURAL (Lou Correia)



Traz consigo
o riso, a dor,
a gargalhada,
o pôr-do-sol,
a aurora!

Tem, em seus sonhos,
de forma indelével,
as doces marcas
da eterna criança
e da esperança.

Às vezes,
tal qual adolescente,
medrosa e envergonhada,
foge do afeto estendido,
do toque sentido,
do abraço lançado e dos beijos
que lhe roçam a face.

Mas, nas perigosas entrelinhas
dos contratos do AMOR,
como Mulher Plural,
em essência e plenitude,
se entrega, doce e farta.
E deixa escapar
seu coração,
eterno apaixonado!

Copyright © 2005 by Lou Correia
All rights reserved.

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