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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Dimensão dos Sonhos (Mendonça Júnior)

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Antônio toma o teu veleiro e sai sem rumo certo, para o mais além, antes que o vento pare e a tarde acabe.

Em Pessoa (Emanuel Galvão)

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Revesti minha poesia De verbetes reluzentes Que brilhem fundo n'almas E as iluminem inteiramente, Mas a canção que acalma É a mesma da dor contundente Às vezes, métrica e rima Às vezes, apenas repente

A Missão (Sidney Wanderley)

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Todas as palavras e despalavras que haviam de ser ditas, malditas -todas-, já o foram. Mesmo o silêncio, fala sem voz, em seus inumeráveis disfarces e variações -todos-, já se fez.

Canto e Palavra (Affonso Romano de Sant'Anna / Eliezer Setton)

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Foto: Lícia Peixoto Todo homem é vário. Vário e múltiplo. Eu sou menos:  Sou duplo e me contento com o que sou.

Canto e Palavra (Affonso Romano de Sant'Anna)

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                1 Todo homem é vário . Vário e múltiplo. Eu sou menos: sou um duplo e me contento com o que sou. Fosse meu nome legião, meu destino talvez fosse a fossa e o abismo onde a vara de porcos me emborcou. Não sou tantos, repito, sou um duplo e me contento com o que sou .

Dualidade (Elisabeth Wolbeck)

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Em tudo nessa vida há em dois sentidos, dois modos. Como encima e embaixo, direita e esquerda, antônimos e sinônimos, tanto faz, você escolhe.

Escambo (Emanuel Galvão)

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  Acredito que o amor à primeira vista Possa parecer fascinante Acredito em amor a primeira vista! Mas não acredito que seja cego - amor finge que não vê – Porque se distrai Com coisas lindas e banais Porque o que os olhos não veem O coração não sente Acredite em amores inocentes Acredite em amores à primeira vista.