Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Estrelas Que Escrevem (Ludmilla Abreu)

Não sei ser poetisa

sem ter um céu

Sem olhar pra lua cinza

e Sol – letrar no meu papel

 

Não sei fazer poesias

sem namorar as estrelas

Pra ler as nuvens vazias

eu preciso escrevê-las

 

Só sei ser poeta

e travestir-me de Sol

Sei esquentar na tela

o que não queima o lençol

 

Eu só sei ser aluna

das coisas que o céu reclama

Escrevo, enquanto a Lua

Faz noite em outra cama


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Comentários

  1. Poesia da alma, do encanto e da dor, escrita pelo simples fato da natureza lhe responder com brilhos o que lhe faltou. Muito profunda sua impressão poética! Parabéns...

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