Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema. Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I
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Façamos, Vamos Amar - Let’s Do It, Let’s Fall in Love - (Cole Porter/Carlos Rennó)
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Os cidadãos no Japão fazem Lá na China um bilhão fazem Façamos, vamos amar
Os espanhóis, os lapões fazem Lituanos e letões fazem Façamos, vamos amar
Os alemães em Berlim fazem E também lá em Bonn Em Bombaim fazem Os hindus acham bom
Nisseis, níqueis e sansseis fazem Lá em São Francisco muitos gays fazem Façamos, vamos amar
Os rouxinóis nos saraus fazem Picantes pica-paus fazem Façamos, vamos amar
Uirapurus no Pará fazem Tico-ticos no fubá fazem Façamos, vamos amar
Chinfrins, galinhas afim fazem E jamais dizem não Corujas sim fazem, sábias como elas são
Muitos perus todos nus fazem Gaviões, pavões e urubus fazem Façamos, vamos amar
Dourados no Solimões fazem Camarões em Camarões fazem Façamos, vamos amar
Piranhas só por fazer fazem Namorados por prazer fazem Façamos, vamos amar
Peixes elétricos bem fazem Entre beijos e choques Cações também fazem Sem falar nos hadoques
Salmões no sal, em geral, fazem Bacalhaus no mar em Portugal fazem Façamos, vamos amar
Libélulas em bambus fazem Centopéias sem tabus fazem Façamos, vamos amar
Os louva-deuses com fé fazem Dizem que bichos de pé fazem Façamos, vamos amar
As taturanas também fazem com um ardor incomum Grilos meu bem fazem E sem grilo nenhum
Com seus ferrões os zangões fazem Pulgas em calcinhas e calções fazem Façamos, vamos amar
Tamanduás e tatus fazem Corajosos cangurus fazem Façamos, vamos amar
(Vem com a mãe)
Coelhos só e tão só fazem Macaquinhos no cipó fazem Façamos, vamos amar
Gatinhas com seus gatões fazem Tantos gritos de ais Os garanhões fazem Esses fazem demais
Leões ao léu, sob o céu, fazem Ursos lambuzando-se no mel fazem Façamos, vamos amar Façamos, vamos amar
*ouça com Elza Soares e Chico Buarque
When the little bluebird, Who has never said a word, Starts to sing: “Spring, Spring!” When the little bluebell, At the bottom of the dell, Starts to ring: “Ding, ding”. When the little blue clerk, In the middle of his work, Starts a tune to the moon up above, It is nature, that is all, Simply telling us to fall In love.
And that’s why Chinks do it, Japs do it, Up in Lapland, little Lapps do it, Let’s do it, let’s fall in love. In Spain, the best upper sets do it, Lithuanians and Letts do it, Let’s do it, let’s fall in love. The Dutch in Old Amsterdam do it, Not to mention the Finns; Folks in Siam do it, Think of Siamese twins. Some Argentines, without means, do it, People say, in Boston, even beans do it, Let’s do it, let’s fall in love.
The nightingales, in the dark, do it, Larks, k-razy for a lark, do it, Let’s do it, let’s fall in love. Canaries, caged in the house, do it, When they’re out of season, grouse do it, Let’s do it, let’s fall in love. The most sedated barnyard fowls do it, When a chanticleer cries; High-browed old owls do it, They’re supposed to be wise. Penguins in flocks, on the rocks, do it, Even little cuckoos, in their clocks, do it, Let’s do it, let’s fall in love.
Romantic sponges, they say, do it, Oysters, down in Oyster Bay, do it, Let’s do it, let’s fall in love. Cold Cape Cod clams, ‘gainst their wish, do it, Even lazy jellyfish do it, Let’s do it, let’s fall in love. Electric eels, I might add, do it, Though it shocks ‘em, I know; Why ask if shad do it? Waiter, bring me shad roe. * In shallow shoals, English soles do it, Goldfish, in the privacy of bowls, do it, Let’s do it, let’s fall in love.
The dragonflies, in the reeds, do it, Sentimental centipedes do it, Let’s do it, let’s fall in love. Mosquitoes, heaven forbid, do it, So does ev’ry katydid, do it, Let’s do it, let’s fall in love. The most refined lady bugs do it, When a gentleman calls; Moths in your rugs do it, What’s the use of moth balls? Locusts in trees do it, bees do it, Even overeducated fleas do it, Let’s do it, let’s fall in love.
The chimpanzees, in the zoos, do it, Some courageous kangaroos do it, Let’s do it, let’s fall in love. I’m sure giraffes, on the sly, do it, Heavy hippopotami do it, Let’s do it, let’s fall in love. Old sloths who hang down from twigs do it, Though the effort is great; Sweet guinea pig do it, Buy a couple and wait. The world admits bears in pits do it, Even pekineses in the Ritz do it, Let’s do it, let’s fall in love.
Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela. Temos que nos bastar… nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você. O segredo é não cuidar das bo
Noite ainda, quando ela me pedia Entre dois beijos que me fosse embora, Eu, com os olhos em lágrimas, dizia: "Espera ao menos que desponte a aurora! Tua alcova é cheirosa como um ninho... E olha que escuridão há lá por fora! Como queres que eu vá, triste e sozinho, Casando a treva e o frio de meu peito Ao frio e à treva que há pelo caminho?! Ouves? é o vento! é um temporal desfeito! Não me arrojes à chuva e à tempestade! Não me exiles do vale do teu leito! Morrerei de aflição e de saudade... Espera! até que o dia resplandeça, Aquece-me com a tua mocidade! Sobre o teu colo deixa-me a cabeça Repousar, como há pouco repousava... Espera um pouco! deixa que amanheça!" — E ela abria-me os braços. E eu ficava.
Ora, se deu que chegou (isso já faz muito tempo) no bangüê dum meu avô uma negra bonitinha, chamada negra Fulô. Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! Ó Fulô! Ó Fulô! (Era a fala da Sinhá) — Vai forrar a minha cama pentear os meus cabelos, vem ajudar a tirar a minha roupa, Fulô! Essa negra Fulô Essa negrinha Fulô! ficou logo pra mucama pra vigiar a Sinhá, pra engomar pro Sinhô! Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! Ó Fulô! Ó Fulô! (Era a fala da Sinhá) vem me ajudar, ó Fulô, vem abanar o meu corpo que eu estou suada, Fulô! vem coçar minha coceira, vem me catar cafuné, vem balançar minha rede, vem me contar uma história, que eu estou com sono, Fulô! Essa negra Fulô! "Era um dia uma princesa que vivia num castelo que possuía um vestido com os peixinhos do mar. Entrou na perna dum pato saiu na perna dum pinto o Rei-Sinhô me mandou que vos contasse mais cinco". Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! Ó Fulô! Ó Fulô! Vai botar para dormir esses meninos, Fulô! "minha mãe me penteou minha mad
Eu vinha de Canindé Com sono e muito cansado Quando vi, perto da estrada Um juazeiro copado. Subi, armei minha rede, Fiquei nele deitado. Como a noite estava linda Procurei ver o cruzeiro, Mas cansado como estava Peguei no sono ligeiro, Só acordei com os gritos Debaixo do juazeiro. Quando olhei para baixo Eu vi um porco falando, Um cachorro e uma cobra E um burro reclamando, Um rato e um morcego E uma vaca escutando. O porco dizia assim: -“Pelas barbas do capeta! Se nós ficarmos parados A coisa vai ficar preta... Do jeito que o homem vai Vai acabar o planeta. Já sujaram os sete mares Do Atlântico ao mar Egeu, As florestas estão capengas, Os rios da cor de breu E ainda por cima dizem Que o seboso sou eu. Os bichos bateram palmas, O porco deu com a mão, O rato se levantou E disse: – “Prestem atenção, Eu também já não suporto Ser chamado de ladrão. O homem, sim, mente e rouba, Vende a honra, compra o nome. Nós só pegamos a sobra Daquilo
Palavras são como estrelas facas ou flores elas têm raízes pétalas espinhos são lisas ásperas leves ou densas para acordá-las basta um sopro em sua alma e como pássaros vão encontrar seu caminho. <!—anuncio –>
Se quiser plantar saudade Escalde bem a semente Plante num lugar bem seco Onde o sol seja bem quente Pois se plantar no molhado Quando crescer mata gente
Como sândalo humilde que perfuma O ferro do machado que lhe corta, Eu hei de ter minha alma sempre morta Mas não me vingarei de coisa alguma. Se voltares um dia à minha porta, Tangida pela fome e pela bruma, Em vez da ingratidão, que desconforta, Terás um leito sobre um chão de pluma.
Tenho um livro sobre águas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava água na peneira. A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos. A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água O mesmo que criar peixes no bolso.
Eu te desejo vida, longa vida Te desejo a sorte de tudo que é bom De toda alegria ter a companhia Colorindo a estrada em seu mais belo tom Eu te desejo a chuva na varanda Molhando a roseira pra desabrochar E dias de sol pra fazer os teus planos Nas coisas mais simples que se imaginar Eu te desejo a paz de uma andorinha No vôo perfeito contemplando o mar E que a fé movedora de qualquer montanha Te renove sempre, te faça sonhar Mas se vier as horas de melancolia Que a lua tão meiga venha te afagar E a mais doce estrela seja tua guia Como mãe singela a te orientar Eu te desejo mais que mil amigos A poesia que todo poeta esperou Coração de menino cheio de esperança Voz de pai amigo e olhar de avô Ouça a Música
Só a leve esperança, em toda a vida, Disfarça a pena de viver, mais nada: Nem é mais a existência, resumida, Que uma grande esperança malograda. O eterno sonho da alma desterrada, Sonho que a traz ansiosa e embevecida, É uma hora feliz, sempre adiada E que não chega nunca em toda a vida. Essa felicidade que supomos, Árvore milagrosa, que sonhamos Toda arreada de dourados pomos, Existe, sim : mas nós não a alcançamos Porque está sempre apenas onde a pomos E nunca a pomos onde nós estamos.
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