Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacienñtes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

"Cinismo" (Emanuel Galvão)


Dedicado a Walfrido Pedrosa de Amorim (Nô Pedrosa)


Um sujeito oculto e culto
Que fez de suas palavras
uma hoploteca
Tem seu escritório
Em frente à biblioteca
-Doutor da anarquia-
Seu predicado maior
Era não ter dominação ou hierarquia.

Tu me acusarás
Eu não obedeço
Ele me prende
Eu não obedeço
Nós protestaremos
Eu não obedeço
Vós desejais
Eu não obedeço
Eles mandam
Eu não obedeço
- não é pessoal, é convicção -

Talvez tenha em outro plano
Planos para sua subversão!


Copyright © 2017 by Emanuel Galvão
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*07 de setembro de 1940 +23 de dezembro de 2017

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