Palavras,
calas, nada fiz
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses não
Imensa solidão
Eu sou um
Rei que não tem fim
Que brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão
Que dor no coração
Cidades,
mares, povo, rio
Ninguém me tem amor
Guitarra, salas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um
homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o teu caminho e o meu caminho
É um nem vais nem vou
Meninos,
ondas, becos, mãe
E só porque não estais
És para mim que nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste,
quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti
*Ouça a música. Click AQUI
"Passei
o dia e a noite pensando em minha mãe. O dia de Natal passou a ser também o dia
em que ela morreu. Nunca imaginei que fosse achar tão difícil aceitar que ela
tenha morrido. Era uma grande alegria tê-la viva. Claro que alegra também saber
que ela viveu bonito por tanto tempo e morreu bonito num 25 de dezembro. Mas o
mundo tem me parecido, desde então, muito pior. Infelizmente não sei rezar como
ela chegou a saber. Talvez tenha aprendido (principalmente com ela) que
reconhecer a beleza da vida é uma maneira de rezar. Hoje, no dia de Natal,
sinto como é difícil reencontrar a beleza. Não temos, no entanto - e muito
menos eu que sou filho dela - o direito de abandonar a festa. A festa de tudo o
que há, que é o que significa o jeito como ela habitou este mundo. Ela pôde
dizer que a ideia de um Natal feliz resiste a toda tristeza. O mais justo com
sua memória é acertar a ser feliz", Caetano Veloso.
Biografia
Claudionor Viana Teles Veloso, a Dona Canô, faleceu em 25 de dezembro de 2012,
três meses depois de completar 105 anos. O último aniversário foi comemorado
com a tradicional festa em casa e a missa que reuniu amigos e a família, na
cidade de Santo Amaro.
A centenária baiana nasceu em 16 de setembro de 1907. Mãe de oito filhos, é
viúva de José Teles Velloso, mais conhecido como "Seu Zeca",
funcionário público dos Correios, falecido em 13 de dezembro de 1983, aos 82
anos.
Fonte: Diário de Pernambuco.
Dê uma corrigidinha no texto. Alguns versos estão errados. AbraçoS!
ResponderExcluirValeu Valmir! Veja se ficou certo agora. Um forte abraço.
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