Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

Imagem
Foto: Eduardo Matysiak / Futurapress / Folhapress E se essa rua fosse minha E se a gente brincasse E se a bola ninguém furasse E se nossa trave seu João não chutasse Se na pistola ninguém pegasse Se o policial no menino preto não atirasse   Se essa rua fosse minha E nela ninguém mandasse Parar, quando a gente passasse E os documentos mostrasse E nossa mão se levantasse E nossa voz não calasse   Se essa rua fosse minha E a gente se rebelasse Entendendo a luta de classe E da política analisasse Sua cruel e podre face E acabasse o disfarce Atacando quem atacasse A gente multiplicasse E por força desse repasse Toda opressão cessasse   E se essa rua fosse minha Não tua! Eu não morava na rua Eu não dormia na praça Não mostrava a pele nua Não vestia a minha desgraça   Ah! se você entendesse Se você percebesse Se se compadecesse E intercedesse E retrocedesse   Talvez meu mundo Não fosse tão im...

Barro Nosso de Cada Dia (Adriana Moraes)



Barro nosso de cada dia...
Seria assim que eu falaria do cotidiano.
Desde que o Criador Supremo
fez Sua obra divina
e com um simples sopro nas narinas
fez vida,
O barro chamou-se poesia.

Da poesia, fez-se carne, fez-se ideias...
fez-se uma oficina.
Despercebida entre as lágrimas,
O suor, os sorrisos e as dores de
todo dia.
Eu, que sou feita de barro
-consequentemente poesia-, me faço em papel,
Que o pintor faz em madeira,
E que todos fazem em seu cotidiano.
Cada um a sua maneira.

Copyright © 2012 by Adriana Moraes

All rights reserved.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TÊNIS X FRESCOBOL (Rubem Alves)

O Beijo (Elsa Moreno)

Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

TERCETOS (Olavo Bilac)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

'ATÉ QUE A MORTE...' (Rubem Alves)

Eu Te Desejo (Flávia Wenceslau)