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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

História pra Ninar Gente Grande (Manu da Cuíca/ Luiz Carlos Máximo/ Vitor Arantes Nunes/ Sílvio Moreira Filho e Ronie Oliveira)

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Mangueira, tira a poeira dos porões Ô, abre alas pros teus heróis de barracões Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões São verde e rosa, as multidões Mangueira, tira a poeira dos porões Ô, abre alas pros teus heróis de barracões Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões São verde e rosa, as multidões Brasil, meu nego Deixa eu te contar A história que a história não conta O avesso do mesmo lugar Na luta é que a gente se encontra Brasil, meu dengo A Mangueira chegou Com versos que o livro apagou Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento Tem sangue retinto pisado Atrás do herói emoldurado Mulheres, tamoios, mulatos Eu quero um país que não está no retrato Brasil, o teu nome é Dandara E a tua cara é de cariri Não veio do céu Nem das mãos de Isabel A liberdade é um dragão no mar de Aracati Salve os caboclos de julho Quem foi de aço nos anos de chumbo Brasil, chegou a vez De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês *Mangueira -

"Ele tocou..." (Rupi Kaur)

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ele tocou meu pensamento antes de chegar à minha cintura meu quadril ou minha boca ele não disse que eu era bonita de primeira ele disse que eu era extraordinária - como ele me toca *do livro outros jeitos de usar a boca.

Samba da Utopia (Jonathan Silva)

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Se o mundo ficar pesado Eu vou pedir emprestado A palavra poesia Se o mundo emburrecer Eu vou rezar pra chover Palavra sabedoria Se o mundo andar pra trás Vou escrever num cartaz A palavra rebeldia Se a gente desanimar Eu vou colher no pomar A palavra teimosia Se acontecer afinal De entrar em nosso quintal A palavra tirania Pegue o tambor e o ganzá Vamos pra rua gritar A palavra utopia *Foto by (Cristiano Mariz/VEJA) 04 de Janeiro 2018 Ouça a música

Nenhuma Qualquer (Paulo Miranda Barreto)

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Meu bem. . . mulher nenhuma é ‘qualquer uma’ nem tem que bem- querer quem mal lhe quer . . . meu bem toda mulher é supra e suma orquídea que perfuma se quiser . . . qualquer mulher é todas. . . doce Luma porém, mulher alguma é ‘uma qualquer’. . . PAULO MIRANDA BARRETO Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição CompartilhaIgual 4.0 Internacional -.

"Brasil" (Sergio Vaz)

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A mulher repleta de lama, chora. O homem feito de barro desaba em lágrimas. De aço mesmo, só a vida -essa lâmina cega que corta sempre do mesmo lado. Foto @diniloris 2015