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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

CANÇÃO (Emílio Moura)

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Viver não dói. O que dói é a vida que se não vive. Tanto mais bela sonhada, quanto mais triste perdida. 

'A DOR É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL' (Tim Hansel)

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O potiguar, Clodoaldo Silva, não tem pescoço  onde caiba tantas medalhas conquistadas nas Paraolimpíadas 'A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Nós não podemos evitar a dor, mas podemos evitar a alegria'

'A CADA DIA QUE VIVO' (Mary Cholmondeley)

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'A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida... Esta no amor que não damos, nas forças que não usamos, Na prudencia egoísta que nada arrisca e que, esquivando-se do sofrimento, também perde a felicidade.'

AS POSSIBILIDADES PERDIDAS (Martha Medeiros)

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Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: "Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive". Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?

SONETO DO AMOR TOTAL (Vinícius de Moraes)

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Amo-te tanto, meu amor... não cante O humano coração com mais verdade... Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade.

PAPEL RECICLADO DE AMOR E VIDA (Emanuel Galvão)

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Quando desesperadamente corpos Sobre corpos a se esfregar Num balé, sensual e embriagador Produz prazer e gozo E conduz a paz desinibida A forma mais primitiva do amor. Então silenciai: aí há vida.

INEQUAÇÃO (Sidney Wanderley)

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Não se entra e sai da amada como se entra e sai do teatro. Do teatro se entra e sai da mesma forma e maneira: com cinco dedos por mão, com vinte dedos no corpo, trinta idéias na cabeça, algum dinheiro no bolso; com vida, se entrarmos vivos; defuntos, se entrarmos mortos. Na amada mergulhamos por completo, inteiramente, e quando à tona tornamos há em nós algo de menos: pode ser nosso suor a encharcar nossas vestes; nosso sangue, nosso sêmen que em seu ventre floresce; pode ser nossa agonia, nossa careta de gozo ou nossa contrição de prece. O fato é que algo resta longe de nós, naufragado, e não mais somos quem éramos quando cansados fugimos do mar gozoso da amada. Não se entra e sai da amada como se entra e sai de um auto. Num auto se entra e passeia por ladeiras e ruas planas, por campos, charcos, desertos, asfalto, barro batido, canaviais, açucenas, e ao final da jornada restamos inteiros e vivos, de igual forma como entramos. Na amada mergulhamos por completo, inteiramente, e qu