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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

ESTALO (Humberto AK'abal)

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Estalou teu silêncio e despertaste o louco que dormia na minha cabeça.

SOMOS CULPADOS PELO QUE FAZEMOS (Mário Quintana)

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Somos donos de nossos atos, mas não donos de nossos sentimentos;

LÍNGUA (Emanuel Galvão)

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Quisera fazer versos Como quem com ardor Beija uma mesma boca Buscando obter da mesma língua Novos e singulares universos.

MÃE (Caetano Emanuel Viana Teles Veloso)

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Palavras, calas, nada fiz Estou tão infeliz Falasses, desses, visse não Imensa solidão

O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA (Manoel de Barros)

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Tenho um livro sobre águas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava água na peneira. A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos. A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água O mesmo que criar peixes no bolso.