Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

Imagem
Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

COMPRAR LIVRO


Livro: Flor Atrevida - Poesias - 110p
Autor: Emanuel Galvão
Editora: Quadrioffice
Ano: 2007 

Valor: R$ 39,00 (Despesas de frete já inclusas)

Obrigado a todos que adquiriram meu livro!
ESGOTADO


Click no botão abaixo




Fazer-se poeta e tornar-se poesia

Fazer-se poeta e tornar-se poesia, esses são os principais objetivos contidos no livro de Emanuel Galvão. Em cada poema seu, acredito, não é a mulher amada que precisa ser seduzida, mas a palavra revolta e insubordinada. Em diversos momentos para conquistá-la, domá-la o poeta convoca seus mestres e nos remete a um prazeroso diálogo entre amigos: só com poesia, se conquista a palavra. Aos poucos, com grande volúpia e talento, Emanuel envolve sua matéria, tornando-a sua amante, mostrando-nos suas essências e desnudando seus encantos. O poeta faz arte como quem faz amor: “Vício ou Ofício?”.
Dessa paixão ardente nascem os mais diversos poemas e em plena cumplicidade falam sobre as belezas e as mazelas da vida. O poeta e sua musa - a palavra - sabem que tudo é matéria para a poesia. Mas nós sabemos que, aqui, sem o poeta e sem a palavra, toda matéria seria vazia. A palavra foi seduzida pelo poeta ou foi o poeta seduzido pela palavra?


ANDRÉA PEREIRA MORAES
CRÍTICA LITERÁRIA
GRADUADA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
MESTRE EM LITERATURA BRASILEIRA
DOUTORANDA EM LITERATURA BRASILEIRA
/UFAL

AO LEITOR.

Você, que certamente vai ler esse livro, cuidado!  Nele há uma magia, a magia das palavras que quando juntas, jogadas umas com as outras, nos rebocam para si.

Ler “Flor Atrevida” é como montar um pássaro e seguir seus passos levitando sobre a vida, sobre o amor, sobre a pureza da sensibilidade e dos sentidos das palavras. É estreitar uma relação de paixão e amasiamento com as  palavras.

Emanuel tem um jeito atrevido e singular de traduzir em palavras suasutil e sublime relação com o feminino; valorizando-o, enaltecendo-o, dando-lhe o estato de divindade, próprio da sensibilidade poética.

Ele busca também na figura feminina os elementos necessários para a materialidade de suas poesias e nos convoca a adentrar, a levitar, a contracenar com ele a beleza, a riqueza, a sutileza de suas palavras.
É, assim, caro leitor que “Flor Atrevida” convida você para fazer uma viagem no mundo mágico e imaginário da poesia.

                        Boa leitura.
                       
Ana Cristina de Oliveira Souza

Pedagoga e Mestre em Educação Brasileira





Postagens mais visitadas deste blog

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

Se Voltares (Rogaciano Leite)

BORBOLETAS (Mario Quintana)

METADE (Oswaldo Montenegro)

Serra da Barriga (Jorge de Lima)

O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA (Manoel de Barros)

Gritaram-me Negra (Victoria Santa Cruz)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)