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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

SOBRE A DOR (Marla de Queiroz)

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                    Mas o que faz a dor? A dor quando bem vivida, percebida, acolhida, não passa de uma forte emoção. Nem toda dor é causada por alguém: dor de amor é a mais vulgar (no sentido de ser a mais comum), dor existencial é uma transcendência. Não evito minhas dores, vou até o cerne dos sentimentos, vejo-a tão vital quanto a alegria. Pois se, através deste processo também me vem a necessidade de autoinvestigação e evolução interna, por mais desnorteada que eu me veja enquanto inserida no emocional da situação, é esse desconforto que me indica o degrau acima, me tira da zona de conforto, me instiga a buscar uma nova direção. A dor bem aproveitada não deve ser temida, deve ser usada como ferramenta para o autoconhecimento, extirpação do mal-resolvido, para o crescimento. Eu não temo a dor, nem emoção alguma, se assim fosse, até a alegria me incomodaria. O que não permito é que ela me leve ao estado da prostração, da autopiedade ou de algo que não aceite regeneração. Dor tr

VELHA ROUPA DESBOTADA (Emanuel Galvão)

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Vendo-a assim, nem parece confortável Surrada da vida até já desbotou Feito as pessoas puras, já amaciadas Pelos dissabores de sua pureza inextirpável Trazem o jeito ameno, de quem muito amou.

SEIO (Emanuel Galvão)

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Um descuido E teu seio sensualmente Mostra-se mais belo Que sob tua blusa transparente

MULHER PLURAL (Lou Correia)

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Traz consigo o riso, a dor, a gargalhada, o pôr-do-sol, a aurora! Tem, em seus sonhos, de forma indelével, as doces marcas da eterna criança e da esperança. Às vezes, tal qual adolescente, medrosa e envergonhada, foge do afeto estendido, do toque sentido, do abraço lançado e dos beijos que lhe roçam a face. Mas, nas perigosas entrelinhas dos contratos do AMOR, como Mulher Plural, em essência e plenitude, se entrega, doce e farta. E deixa escapar seu coração, eterno apaixonado! Copyright © 2005 by Lou Correia All rights reserved.

O QUERER (Emanuel Galvão)

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Mulher Como quisera beber da tua fonte Banhar-me na lubricidade do teu corpo E ver-me, assim, feito um menino No teu colo.