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Mostrando postagens de novembro, 2014

Minha Vó Maria Conga (Emanuel Galvão)

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 Minha vó Maria conga Sempre com um terço na mão Me ensinou uma oração Prá quebrar milonga Parecia uma canção Ela falava quimbunda Linguagem, lá da angola  Oração contra quebranto Trouxe com seu povo banto Pena que não se ensina na escola -“tu tens quebranto,  Dois te puseram, três hão de tirar.  De onde este mal veio  Para lá torne a voltar.  Mando embora esse quebranto Em nome das três pessoas da santíssima trindade  Que é o pai, o filho e o espírito santo. Lanço fora essa maldade  Ámem” “quem pode mais do que Deus?” - NIGUEM! Minha vó Maria conga me dizia: Quer de noite, quer de dia Tu “tem” um anjo, menino! Um exú, um anjo negro Que tem zelo e carinho Vai abrindo os teus caminhos Então reza! “santo anjo do senhor Meu zeloso guardador, Se a ti me confiou A piedade divina, Sempre me rege, Sempre me guarde, Me governe Me ilumine, amém E quem pode mais do que deus? NINGUEM! Copyright © 2024 by Emanuel Galvão All rights reserved.

Um dia atrás do outro (Rita de Cássia Tenório Mendonça)

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* Os dias vêm se sucedendo numa cadência que não me diz respeito. Os dias nascem e se encerram com o mesmo colorido, o mesmo calor ameno e a mesma penetração de luz. Nada muda. A vida parece não caminhar em meu ritmo. Sim, sei que ela passa. Sei sim. Vejo as marcas da vida na pele de minhas mãos e ao redor de meus olhos. Odeio esses sinais do tempo! Não poderiam ser outras, em locais menos visíveis, essas marcas do que vivi? Não poderia a aridez da idade se concentrar toda num lugar só lá na sola de meu pé esquerdo, como um arremate bem feito, onde eu só pudesse vê-lo com muita dificuldade, em contorsão? Ou por que não no avesso de minha pele, lá pela nuca, perdido entre os cabelos em costura de fio invisível? Construí minha vida, estou certa. Sou inquieta demais para ficar na janela escutando música. Mas nos últimos tempos os acontecimentos parecem alheios a meu ritmo. A vida parece ter me esquecido em algum cantinho sem graça, em alguma estrad...

Sol(riso) Adriana Moraes

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Você queria companhia Ele queria par O Sol concorre c om teu sorriso E perde.  Covardia! * Copyright © 2014 by Adriana Moraes      All rights reserved.