Um Amor (Emanuel Galvão)

Imagem
              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacienñtes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Le Petit Poème Coquin (Parole: Emanuel Galvão / Traduction : Joseli Rêgo Lopes)



Le Petit Poème Coquin 

Je cherchais La poèsie
Mais elle est allée jouer dans mon enfance
Elle a joué le toupie dans mon clos
Alors  je suis allé a la lumière
De mon clos.

Mais la poèsie coquine
Elle a  volé tout ensemble a une cerf-volant et a  porté avec elle
La parole – matière première - 
Je ne comprenais pas pourquoi cette poésie- là était grande
Et la mienne était petite
J ‘ai bandé mes yeux et j ‘ai joué à la collin-maillard
Parce que si je sentais la parole, la rime
Je la prendrais tout de suite
Mais la poèsie coquine
Bien caché chez-moi
Apportais les bruits de son attente
-         Pour moi, ce n’est pas facile la trouver
Ni la séduire, ni la captiver -
Je l’ai cherché
Mais elle a eu jouer à cache-cache
Et je ne l’ai pas trouvé.

Copyright © 2015 by Parole: Emanuel Galvão / Traduction : Joseli Rêgo Lopes
All rights reserved.

Poeminha Traquino

Eu procurei a poesia
E tinha ela ido brincar na minha infância
Tinha ido soltar pião no quintal
Dirigi-me então para a claridade
Do quintal

Mas a poesia travessa
Levantou voo com a pipa e levou consigo
A palavra - matéria-prima -
Não compreendia porque era grande
E minha poesia era pequena
Vendei meus olhos brincando de cabra-cega
Para quando sentisse o verbete, a rima
A pegasse no repente, de repente
Mas a poesia traquina
Escondida na parte mais pura
De minha casa
Trazia os sons de sua espera
- Não me é fácil achá-la
Seduzi-la, cativá-la -
Eu procurei,
Mas ela foi brincar de se esconder
E eu não a encontrei.


Copyright © 2007 by Emanuel Galvão
All rights reserved.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TERCETOS (Olavo Bilac)

Um Amor (Emanuel Galvão)

BORBOLETAS (Mario Quintana)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

ESCUTATÓRIA (Rubem Alves)

Se Voltares (Rogaciano Leite)

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

A FLOR E A FONTE (Vicente de Carvalho)