Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

ARTE LONGA (Geraldo Amaral / Renato Rocha)



O mundo é grande
Para nossos desencontros
A arte é longa
A vida breve e fim
Mas como pode um mar assim tão grande
Caber num mundo tão pequeno assim
Meu violão não pesa muito
Carrega tantas canções 

Fico pensando se um amor dos grandes
Pode habitar pequenos corações
Meu sapato carregado de distâncias
O meu chapéu de sonhos sem fim
Fico pensando que por mais que eu ande
Eu não consigo me afastar de mim
Fico pensando um mar assim tão grande
Caber num mundo tão pequeno assim



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