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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

A rendeira (Adriano Espíndola)

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Na teia da manhã que se desvela a rendeira compõe seu labirinto, movendo sem saber e por instinto a rede dos instantes numa tela.

Última Carta (Emanuel Galvão)

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É-me difícil escrever-te com ternura Movido assim por desgastada saudade Culpando talvez a desventura De tê-la protegido da verdade

Queria Ser (Fabio Jr)

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Queria ser... Uma folha de papel em branco Onde as pessoas pudessem escrever o quanto elas são felizes ou não

Vida Reinventada (José Alberto Costa)

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À noite minh'alma percorre o infinito espaço das lembranças perdidas.

Desconstrução (Fellipe Figueiroa)

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Criou daquela vez como se fosse a última. Fez cada job seu como se fosse o único. Pensou o dia inteiro e ficou o máximo. Mandou pro atendimento num e-mail tímido.

Construção (Chico Buarque)

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Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Desabafo do Poeta (Manoel Cícero do Nascimento)

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No mundo da teimosia entre a tristeza e a arrogância, é tão triste a ignorância, tão cruenta e tão mordaz que a própria sabedoria de tudo sabendo tanto não pode saber do quanto o ignorante é capaz.  (Do poeta Manoel Cícero do Nascimento, alagoano de Coqueiro Seco, escrito no início dos anos 60, porém, muito atual) José Alberto Costa