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Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

PESSOAS VÃO EMBORA... (Marla de Queiroz)

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                          Pessoas vão embora de todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país. E, muitas a quem dedicamos um profundo amor, morrem. E continuam imortais dentro da gente. A vida segue: doendo, rasgando, enchendo de saudade... Depois nos dá aceitação, ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não machuca mais: uma frase engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão característico, aquela peculiaridade da pessoa. Mas pessoas vão embora. As coisas acabam. Relações se esvaem, paixonites escorrem pelo ralo, adeuses começam a fazer sentido. E se a gente sente com estas idas e também vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos deste agora. Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo. Segundos podem ser eter

AS SEM-RAZÕES DO AMOR (Carlos Drummond de Andrade)

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Eu te amo porque te amo, Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.  

HUM! (Dulce Melo)

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Quando se ama, de fato Não é preciso necessariamente o contato Basta a voz ao longe, não muito distante Excitante!

RIMAS SEM CONTEÚDO... (José Reinaldo Melo Paes)

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Palavras tontas ao vento São rimas sem conteúdo São o discurso de um mudo Que só causa desalento. Quem não tem discernimento Não escreve com magia ... Quem não tem sabedoria Não consegue se encantar. Só quem sonha e sabe amar Tem o dom da poesia.

RETRATO DA VIDA (Dominginhos, Djavan)

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Esse matagal sem fim Essa estrada, esse rio seco Essa dor que mora em mim Não descansa e nem dorme cedo O retrato da minha vida É amar em segredo Não quer saber de mim E eu vivendo da tua vida Deus no céu e você aqui A esperança é quem me abriga Esses campos não tardam em florir Já se espera uma boa colheita E tudo parece seguir Fazendo a vida tão direita Mas e você o que faz Que não repara no chão Por onde tem que passar E pisa em meu coração? O teu beijo em meu destino Era tudo o que eu queria Ser teu homem, teu menino O ser amado de todo dia. CLICK: Ouça a música!