Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

A mulher da luz (Mírian Monte)


Para você eu corro,
Quando necessito de socorro,
Quando o mundo cai sobre meus ombros
E quando fico sob os escombros
Da tristeza e da desilusão.
São os seus olhos por que procuro,
Quando me perco no escuro,
Quando entro em apuro,
E quando busco o perdão.
É seu abraço que me acolhe
Se o que se planta não se colhe
Se a sorte se encolhe
E se o sonho sonhado só,
Simplesmente vira pó.
São suas mãos que me ajudam
A levantar na segunda-feira,
A juntar essa poeira
Decidindo recomeçar
E a fazer, do pó, sementes
Com urgência de estrela cadente,
Para outras quimeras semear. 
É sua alma, cheirando a alfazema,
Que me inspira esse poema
E que me faz querer dizer:
Mãe, meu amor primeiro,
Gratidão por todo o zelo
E por me compreender.
Minha fada,
Minha musa,
Minha rainha
É você, mãezinha,
A mulher da luz
E de cada amanhecer.
De todos os medos que carrego
O maior de todos, eu não nego,
É o de ver, minha mãe,
O seu sorriso fenecer.


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