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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Mutirão de Amor ( Jesse Silva / Jorge Aragao / Montgomery Nunis)

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Cada um de nós deve saber se impor  E até lutar em prol do bem estar geral Afastar da mente todo mal pensar Saber se respeitar Se unir pra se encontrar Por isso, vim propor Um mutirão de amor Pra que as barreira se desfaçam na poeira E seja o fim, o fim do mal pela raiz Nascendo o bem que eu sempre quis É o que convém pra gente ser feliz Cantar sempre que for possível Não ligar pros malvados Perdoar os pecados Saber que nem tudo é perdido Se manter respeitado Pra poder ser amado Click no link abaixo e ouça a música

Partilhar (Rubel Brisolla)

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Se for preciso eu pego um barco, eu remo por 6 meses Como peixe, pra te ver 'Tão pra inventar um mar grande o bastante Que me assuste, que eu desista de você Se for preciso eu crio alguma máquina Mais rápida que a dúvida Mais súbita que a lágrima Viajo a toda força e n'um instante de saudade e dor Eu chego pra dizer que eu vim te ver Eu quero partilhar, eu quero partilhar A vida boa com você Que amor tão grande tem que ser vivido a todo instante A cada hora que eu tô longe é um desperdício Eu só tenho 80 anos pela frente Por favor, me dá uma chance de viver Eu quero partilhar, eu quero partilhar A vida boa com você Se for preciso eu pego um barco, eu remo por 6 meses Como peixe, pra te ver 'Tão pra inventar um mar grande o bastante Que me assuste, que eu desista de você Se for preciso eu crio alguma máquina Mais rápida que a dúvida Mais súbita que a lágrima Viajo a toda força e n'um instante de saudade e dor Eu chego pra dizer que eu v

CANÇÃO DAS MULHERES (Lya Luft)

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Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta. Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso. Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida. Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!'' Que quando sem querer eu

"Não Temos Muito o Que Conversar" (Majal-San)

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As esquinas não se fazem sós, A Lua não brilha por si. A brisa não refresca por nós, A nota que desafina em Mi. As curvas não se entortam alheias, A ventania atordoa o pó. Teus olhos não se retraem – anseias A nota que desafina em Dó. As vozes não se calam à toa, A Poesia permanece de pé. Teu sussurro deveras entoa Uma nota que desafina em Ré. *Veja mais do autor  aqui

Romance em Construção (Emanuel Galvão)

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Olhou aquela mulher como se fosse a única. Deixou de lado o medo e seu jeito tímido.  Parou defronte aquele ser belíssimo.  Tocou seus lindos lábios num beijo úmido. Ela surpreendeu-se com a atitude súbita.  Ficou, atordoada, eu diria que atônita.  Levou as mãos à face e ficou estática.  Seu rosto iluminou-se de um brilho pálido. Beijou-a novamente, firme, forte e rápido.  Antes que parecesse um ato patético.  O que de fato era um ato homérico. E quem observou achou até poético. Seus pés cambalearam e ficaram flácidos.  Mas o seu coração batia tão frenético.  Nunca imaginou ser beijada em público.  Queria parar, mas era hipnótico. Ele estava ali se sentido o máximo.  O que o assustava era um motivo estético.  E desistir então lhe parecia módico.  Os sentimentos puros que trazia tácito.  Então, declarou seu amor, fiel e impávido.  E a partir daí, deixou de ser, teórico. Copyright © 2015 by Emanuel Galvão All rights reserved. Elogio ao Desej