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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

DISPOSTO A TUDO (Silvério Pessoa / Ivan Santos)

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Estou disposto a tudo A inverter a vida A encontrar saída Até fazer chover Prá ter você aqui Eu tô disposto a tudo A dominar planetas Implodir cometas Talvez essa imprudência Afaste sua ausência Tão presente aqui Estou disposto a tudo A entender a cidade E a relatividade A ordenar o caos Prá ver você aqui Hoje eu aposto tudo Em destruir a dor Criar uma nova cor Ou uma sinistra gang Desaterrar o mangue Prá te ver aqui Disposto a tudo Exposto ao ridículo Beirando o cúmulo Pagando mico Bancando o bobo Baixando a guarda Abrindo o jogo A mão no fogo Sem receio de me queimar Sem medo Sem o mínimo simancol Estou disposto a tudo Me indispor com o vento Ir na curva do tempo A ser seja o que for Prá ver você aqui Eu faço mais que tudo Eu bebo o São Francisco Eu vou voar num disco E descobrir estrelas Pensando só em vê-la   Ao meu lado, aqui Estou disposto a tudo A engolir genéricos Orar com esotéricos Lutar com Bruce Lee Prá ter você aq

RUA DA PALAVRA (Fabrício Carpinejar)

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O marido bate na mulher quando não tem mais palavras. A mãe bate no filho quando não tem mais palavras. O motorista sai do carro para brigar quando não tem mais palavras. Manifestantes invadem lojas e depredam a cidade quando não tem mais palavras. A palavra é o último reduto da sensibilidade. A fronteira derradeira. Quem perde a palavra perde o respeito.

'Ninguém nasce odiando outra pessoa' (Nelson Mandela)

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'Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.  Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.'

ELE FALAVA DE AMOR (Emanuel Galvão)

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Alguém pronunciava, nas praças, Que a verdade e o amor sempre vencem, Apesar das ameaças. E falava mais... e falava com força. Como era ferrenha a abelha Como era simples a flor.

A COR DO DESEJO (Junior Almeida / Ricardo Guima)

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A tua boca anda oca Da minha língua da minha língua A minha língua anda à míngua Sem tua boca sem tua boca