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Mostrando postagens com o rótulo Poesia Galvaneana

Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Serra da Barriga (Emanuel Galvão)

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Zumbi do alto da serra da barriga Não se entregou, nem se atirou. Zumbi foi traído e degolado E o foi, para ficar calado, Mas seu ideal não calou. Palmares não foi lenda Palmares foi realidade. Palmares não foi apenas berço Mesmo que o preto ou o branco Não compreendam Sua luta para além da eternidade. Palmares não foi apenas berço, Palmares foi ama de leite, Foi colo e barriga, Serra que ainda hoje abriga Sonhos de liberdade! *Do livro Elogio ao Desejo & Outras Palavras (página 101) Copyright © 2015 by Emanuel Galvão All rights reserved. *Foto Genisete Lucena Sarmento

Português - Poemas Para Estudantes (Emanuel Galvão)

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Amar é verbo Cama, substantivo Linda, adjetivo Sexo, apelativo O beijo é aperitivo Eu, pronome pessoal Você... Poderosa! Nós... um sonho... FRUIR: é simplesmente uma palavra Maravilhosa! Copyright © 2007 by Emanuel Galvão All rights reserved.

Matemática - Poemas para estudantes (Emanuel Galvão)

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Um Dois Três Quatro... O número é infinito O meu amor por você também Pena que não saiba contar Medo de ser reprovado na tabuada Amor que não se revela Não vale... Noves fora nada. Copyright © 2007 by Emanuel Galvão All rights reserved.

Mulheres (Emanuel Galvão)

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Mais do que flor amor Mais do que direito respeito Mais que admiração aceitação Mais que homenagem aprendizagem Mais que aliança confiança Mais que independência consciência Mais que independente competente Mais que poesia fantasia Mais que adoração coração Mais que desejada amada Mais que feminina menina Mais que pegada Conquistada Mais que esposo Gozo Mais que bonita bendita Mais que abraço regaço Mais que erotizada abalizada Mais que maternal amor atemporal Copyright © 2015 by Emanuel Galvão All rights reserved.

Céu da Boca (Emanuel Galvão)

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Um beijo em teu sorriso!  Este portal da alegria Onde o sol nasce e se  põe, E, mesmo quando choras,  As chuvas de  tuas lágrimas Fazem-se arco-íris Com a luz resplandecente Do teu belo  sorriso. Este portal da alegria, Que  guarda, mas não oculta As estrelas cálidas, Que  espalham-se pelo  céu, Espelhando todo suntuoso universo  Da tua boca. Tal sorriso,   Só poderia ser  emoldurado Por tão carnudos lábios, Lapidados pelo  próprio Eros:  Lúbricos de  mel. E, em meio à fantasia  Deliro em cócegas,  Que  tua língua Faz em minha alma. Esse  palácio lascivo  Que são os teus lábios,  Traz-me o inefável prazer  Que  habita em teu beijo. E, quando neste universo De mel, singularidade e  fantasia  Finalmente, sinto-me amplo. E, no teu céu, Atinjo o êxtase de  brincar, De procurar estrelas com  a língua. Copyright © 2007 by Emanuel Galvão All rights reserved.

Código (Emanuel Galvão)

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Coração diz umas coisas... Um código morse, feitos de tum-tuns Umas mudanças de brilho no olhar Tem que entender de amor pra decifrar Fala para todos Mas, só o entendem, alguns.

Furta-cor (Emanuel Galvão)

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Teu beijo é um trava língua sempre gaguejo pra falar de amor sem ele fico a míngua

Eu abro a janela e vejo a vida bela (Emanuel Galvão)

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Para D. Liége 'Penso em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece que estou te embalando dentro de mim.' Rubem Braga Eu abro a janela E vejo a vida bela Eu vejo muito a além das necessidades - Um mundo de possibilidades – Mais que louças para lavar Eu vejo que tive pão em minha mesa E os momentos de tristeza Serão por certo menos significativos Que os momentos de alegria Afinal, sentir é um atributo dos vivos.

Anotações Importantes (Emanuel Galvão)

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Quando você chegar Vai encontrar o almoço Pronto na geladeira A planta já foi regada Deixe o vale da empregada Limpe tudo depois Que eu não estou de brincadeira E também muito cansada

Homem (Emanuel Galvão)

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Bicho esquisito, esse homem Mais parece um menino Leva a vida sorrindo Pintando o sete, mil cores Fazendo poemas, de amores E, brincando cedo de homem.

Em Pessoa (Emanuel Galvão)

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Revesti minha poesia De verbetes reluzentes Que brilhem fundo n'almas E as iluminem inteiramente, Mas a canção que acalma É a mesma da dor contundente Às vezes, métrica e rima Às vezes, apenas repente

Escambo (Emanuel Galvão)

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  Acredito que o amor à primeira vista Possa parecer fascinante Acredito em amor a primeira vista! Mas não acredito que seja cego - amor finge que não vê – Porque se distrai Com coisas lindas e banais Porque o que os olhos não veem O coração não sente Acredite em amores inocentes Acredite em amores à primeira vista.

Última Carta (Emanuel Galvão)

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É-me difícil escrever-te com ternura Movido assim por desgastada saudade Culpando talvez a desventura De tê-la protegido da verdade

MULHER POR EXCELÊNCIA (Emanuel Galvão)

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Esse macho, que me vem como ladrão Me rouba essa segurança de mulher Despreza-me com esse olhar de mansidão E me devora com seus beijos, quando quer.

PAPEL RECICLADO DE AMOR E VIDA (Emanuel Galvão)

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Quando desesperadamente corpos Sobre corpos a se esfregar Num balé, sensual e embriagador Produz prazer e gozo E conduz a paz desinibida A forma mais primitiva do amor. Então silenciai: aí há vida.

ELE FALAVA DE AMOR (Emanuel Galvão)

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Alguém pronunciava, nas praças, Que a verdade e o amor sempre vencem, Apesar das ameaças. E falava mais... e falava com força. Como era ferrenha a abelha Como era simples a flor.

POEMINHA TRAQUINO (Emanuel Galvão)

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Eu procurei a poesia E tinha ela ido brincar na minha infância Tinha ido soltar pião no quintal Dirigi-me então para a claridade Do quintal

PRA DIZER TUDO QUE SINTO (Emanuel Galvão)

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Guardei tantas frases pra te dar Pra te agradar Te impressionar Poder dizer tudo o quanto sinto

LÍNGUA (Emanuel Galvão)

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Quisera fazer versos Como quem com ardor Beija uma mesma boca Buscando obter da mesma língua Novos e singulares universos.

A SENHORITA (Emanuel Galvão)

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És a desconhecida que admiro e vejo Não sei se o teu coração tem flores Mas, certamente, há mel em teus beijos Encontrar-se-ão, nos sentimentos, amores. Desfilas pelas ruas sem perceberes o olhar Afã de quem, tímido e silente, te admira Pois és estrela, cativante e bela, a brilhar A senhorita que os deuses, de beleza, cobrira. Teus movimentos rítmicos, sensuais, donosos Beldade que a natureza em vida fez delicada E revestiu de singelos dotes, tão formosos. A mesma que deseja, com naturalidade, ser amada O enlevo de uma fêmea traduzindo uma flor Bem-aventurado aquele a quem chamares de amor. Copyright © 2007 by Emanuel Galvão All rights reserved.