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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

João (Di Melo - Roberto de Melo Santos)

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João, morrem sonhos alados Traz os olhos molhados Tem silêncio por dentro Mas diz tanta coisa pra não demonstrar O joão que se mata vivendo de amor Pedindo uma esmola, fazendo favor Que vende uma escada e compra uma esteira E deita na praia e na companheira Mas que se arrepende no dia seguinte Perante os amigos na mesa de uma bar E é tão conhecido esse tipo de gente O joão do ambiente que quer agradar Traz as mãos estendidas, em dois braços cortados Tem a alma criança mas pinta no rosto a imagem de um rei João que se faz do que ainda não fez Mas não tem coragem de ser de uma vez Que sobe na escada e pisa na esteira E compra uma praia e a companheira João, está na hora Resolve depressa que o amor vai embora E te deixa na mão Fora da verdade. longe do perdão. Conheça mais do cantor e compositor   aqui: Veja também o documentário  Di Melo, O Imorrível Ouça a música.