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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Preparação da Manhã (Gonzaga Leão)

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É duro dizer, criança filho do triste operário do sofrido camponês que em vez dos belos brinquedos que te fariam feliz, dar-te-ei canhões fuzis e a noite feita de medo; contar-te-ei em segredo (não histórias pra dormir) que neste imenso país somente o rico é feliz só o rico tem porvir; e contar-te-ei também que o pão que falta em teu prato sobra no prato de alguém; que tua roupa nenhuma não mais serve a quem a tem.

OS NAMORADOS (Gonzaga Leão)

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Primeiro eu os vi na praça mas havia tantos pombos que quando os vi se beijando pensei que a praça arrulhava.

CASA SOMENTE CANTO / CASA SOMENTE PALAVRA (Gonzaga Leão)

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“Eu sei que a casa escutava eu sei que a casa sentia pois quando falava a casa a casa se comovia”    Gonzaga Leão LEÃO, Luiz Gonzaga.  Casa somente canto -  Casa somente palavra.   São Paulo:              Escrituras, 1995.  85 p.  Capa e uma sobrecapa de papel manteiga. Formato             18x13 cm