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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Façamos, Vamos Amar - Let’s Do It, Let’s Fall in Love - (Cole Porter/Carlos Rennó)

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Os cidadãos no Japão fazem Lá na China um bilhão fazem Façamos, vamos amar Os espanhóis, os lapões fazem Lituanos e letões fazem Façamos, vamos amar Os alemães em Berlim fazem E também lá em Bonn Em Bombaim fazem Os hindus acham bom Nisseis, níqueis e sansseis fazem Lá em São Francisco muitos gays fazem Façamos, vamos amar Os rouxinóis nos saraus fazem Picantes pica-paus fazem Façamos, vamos amar Uirapurus no Pará fazem Tico-ticos no fubá fazem Façamos, vamos amar Chinfrins, galinhas afim fazem E jamais dizem não Corujas sim fazem, sábias como elas são Muitos perus todos nus fazem Gaviões, pavões e urubus fazem Façamos, vamos amar Dourados no Solimões fazem Camarões em Camarões fazem Façamos, vamos amar Piranhas só por fazer fazem Namorados por prazer fazem Façamos, vamos amar Peixes elétricos bem fazem Entre beijos e choques Cações também fazem Sem falar nos hadoques Salmões no sal, em geral, fazem Bacalhaus no mar em Portugal fazem Façamos, vamos amar Libé

Manifestação (Carlos Rennó/Russo Passapusso/Rincon Sapiência e Xuxa Levy)

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Foto de Francisco Proner Aqui estamos na avenida, Pelas ruas, pela vida, Marchando com o cortejo Que flui horizontalmente, Manifestando o desejo De uma cidade includente E uma nação cidadã Traduzido numa canção, Numa sentença, num mantra, Num grito ou numa oração… … Por todo jovem negro que é caçado Pela polícia na periferia; Por todo pobre criminalizado Só por ser pobre, por pobrefobia; Por todo povo índio que é expulso Da sua terra por um ruralista; Pela mulher que é vítima do impulso Covarde e violento de um machista; Por todo irmão do Senegal, de Angola E lá do Congo aqui refugiado; Pelo menor de idade sem escola, A se formar no crime condenado; Por todo professor da rede pública Mal-pago e maltratado pelo Estado; Pelo mendigo roto em cada súplica; Por todo casal gay discriminado. E proclamamos que não Se exclua ninguém senão A exclusão. Aqui estamos nós de volta, Sob o signo da revolta, Por uma vida mais digna E por um mundo mais justo, Com quem já não se resigna E se op