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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

FALANDO DE NAMORAR (Affonso Romano de Sant’Anna)

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Jorge Ben tem aquela música que diz que « todo dia é dia de índio ». E tem razão : os indios têm o calendário deles e nós o nosso. Daí que queiram flechar os peixes que nadam nos lagos do palácio de Brasília como mostram os jornais. Mas o que eu queria dizer, nessa repescagem, já que dia 12 foi instituido como dia dos namorados, é que todo dia é dia de namorar. Namoro que é namoro não se contenta com data marcada. Diz outra música : « o coração tem razões, que a própria razão desconhece ».