Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

O Professor Reinventado (Emanuel Galvão)


Com um trabalho muito organizado

Do plano de aula a sua caderneta

Seja lendo para ficar atualizado

Ou fazendo uso incansável da caneta

Um verdadeiro empreendedor

Que do ofício não se ausenta

Por ser um agente transformador

O professor sempre se reinventa

 

Adequando-se as regras da legislação

Com sua rígida e pesada norma

Acreditando que com a educação

O mundo aprimora e transforma

Aguerrido e muito batalhador

Toda intempérie ele enfrenta

Por ser um agente transformador

O professor sempre se reinventa

 

Com o aprendizado sempre em mente

Na aula a distância ou presencial

Se preciso for, até alternadamente

Seu objetivo último ou principal

É ser um excelente formador

De tudo se utiliza e experimenta

Por ser um agente transformador

O professor sempre se reinventa

 

Carente de uma maior valorização

Não se acomoda ou se entrega

Tem na sua abnegada profissão

Amor que cultiva e sempre rega

Porque quando se faz com amor

A recompensa sempre se apresenta

Por ser um agente transformador

O professor sempre se reinventa

 

Mas não vamos também romantizar

É preciso buscar os seus direitos

E com sua luta justa se identificar

Pois eles não estão nada satisfeitos

E o poder muitas vezes um abusador

Não os inspira e nem representa

Por ser um agente transformador

O professor sempre se reinventa

 

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