Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacienñtes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

O Acendedor de Esperanças da Rua (Emanuel Galvão)


Basta de verdades baratas. 
Arrancai o ranço do coração! 
As ruas são nossos pincéis 
e paletas as nossas praças. 
No livro do tempo 
ainda não foram cantadas 
as mil páginas da revolução.
Para a rua, futuristas, 
tambores e poetas! 

                                                               Vladimir Maiakóvski 

*Para Letícia Sabatella & Jonathan Silva

La vem o acendedor de esperanças da rua
Este mesmo que vem com sua inquietude,
Seus sonhos, suas dores, a juntar-se a tua,
A transformar, utopia e poesia, em atitude.

Um, dois, três corações, acende e continua
Outros mais a acender, inadvertidamente,
A medida que as trevas, rasteira insinua
Uma estupidez humana, viral e indecente.

Triste ironia atroz que Jorge nos apresenta:
O cordeiro inocente a apostar em lobos,
Enquanto o covarde, da escolha, se isenta.

A insídia do fascismo, se ergue e continua,
Na ilusão do apelo patriótico e seus arroubos.
Fez florescer, acendedores de corações na rua.


- Com Licença poética: Emanuel Galvão
30.10.2018


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*Letícia Sabatella









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