Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

VERSOS MOLHADOS (Patricia Neme)



Respinga a lua seu olhar tristonho,
em gotas mansas beija o adormecer
dos versos, tantos… Que, por ti, componho…
E enquanto eu rimo, a noite faz chover!


Densa neblina no olhar do meu sonho…
É chuva, é pranto… Nem sei mais dizer…
E uma saudade, que jamais transponho,
molha as janelas deste meu viver.

E na vidraça vejo a minha imagem,
chora a vidraça… O choro é meu? Bobagem…
É a tempestade que já se avizinha.

Não mais escrevo, guardo meu caderno
e dou-me conta que chegou o inverno
de uma esperança, que morreu sozinha! 



Comentários

  1. Poetisa de relevo....na arte da sedução....feminil....leve romântica..... encanta e faz sorrir nossa alma.

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