Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

Imagem
Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

ENCONTROS & DELÍRIOS (Luciano Barbosa)




Ontem nos beijamos ardentemente;
E ainda agora está bem presente
O movimentar de cada beijo.
Em meus braços seu corpo se contorcia;
Saciava-me em sua boca macia;
Murmurava palavras; quanto desejo...

Quanto tempo ficamos assim?!... Importa?
Entre beijos e carícias, olhávamos à porta.
Qualquer som deixava-nos alertas.
“No cálice dos seus lábios eu tomo
O doce que sorvo também em cada pomo,
E cujas sensações deixo-as secretas.

Não encontrei prazer em boca alguma.
Nossos lábios se completam, assuma!
Sinto a cada beijo seu desprendimento;
Eu lhe dava prazer; ouvia seus gemidos;
Afogava com beijos seus ouvidos...
Olhos deliravam... A porta... Que momento!...

Copyright © 2009 by Lucianao Barbosa
All rights reserved.


*veja mais do autor aqui:




Comentários

Postar um comentário

Deixe seu comentário. Ele é importante para nós. Apos verificação ele será publicado.

Postagens mais visitadas deste blog

BORBOLETAS (Mario Quintana)

TERCETOS (Olavo Bilac)

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

Se Voltares (Rogaciano Leite)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

Eu Te Desejo (Flávia Wenceslau)

Felicidade (Vicente de Carvalho)