Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

FLOR ATREVIDA - EDITORA QUADRIOFFICE/2007 (Adriana Moraes)



Autor do Livro de poesia, Flor Atrevida, lançado na Bienal do Livro de 2007, o professor, artista visual, consultor em arte-educação, articulista e poeta Emanuel Galvão, apresenta ao cenário alagoano seus poemas inundados de cotidiano e beleza. Ousado como suas poesias, Emanuel nada contra a corrente de que livros de poesias não são bem aceitos pelo público, ou tem público restrito e lança seu livro/sonho, acalentado e escrito ao longo de 26 anos.

Diante de tanta ousadia, como explicar a arte de Emanuel Lopes Ferreira Galvão? Emanuel Poeta, como é conhecido, nascido e criando em União dos Palmares, cria suas poesias, mergulhado nos universos a que se propõe tratar. Quando o universo é feminino, toda paixão vem à tona em uma torrente de sensualidade e sensibilidade. Exemplo disso é o poema Metáforas, onde o poeta nos toca de fato com as palavras.

Uma das características mais marcantes de Emanuel é a captação da realidade reinventada, onde assume o papel do sedutor e do seduzido, ora amante, ora amado. Mas nem só de romance vive os poemas de Emanuel, em Dos excluídos e Sertão, os elementos de uma dura realidade são expostos assumindo o papel da luta contra as desigualdades sociais, mas com a graça e a leveza do poema ritmado e bem escrito.
Em 2011 Emanuel Poeta é convidado para fazer parte de um seleto grupo denominado Movimento da Palavra. A partir daí, sua produção cresce e tem visibilidade entre os intelectuais da capital, o que acarretou na indicação, para a Academia Maceioense de Letras.
Foto: Sergio Penha
Agora, Galvão, filho de um simples agricultor e uma professora primaria, que até a adolescência tinha dificuldades em português, galga mais um degrau em sua trajetória. É imortalizado, sendo eleito para a Academia Maceioense de letras, esse Palmarino toma posse definitiva de sua cadeira em 13 de março de 2013.
Foto: Sergio Penha

A academia Maceioense de Letras é a casa dos poetas a 58 anos, tendo como seu atual presidente um dos seus fundadores, o poeta Jucá Santos.


Adriana Moraes
Assessora de Comunicação



Comentários

  1. Que bom encontrar vc no seu blog....Não te vi mais na feira.
    Receba meu abraço.

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    Respostas
    1. Olá Laerço!
      Foi realmente um prazer conhecê-lo.
      Desculpa a demora em responder. Mas agora estou mais atento.
      Volte sempre meu amigo!
      Um forte abraço!

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  2. Salve a Democracia

    Nossa gente se achava
    Em época mui sombria
    Limitando o que falava
    Pra não ser penalizado
    Pois nossa gente gemia.

    Mas o sol da liberdade
    Irradiou-nos harmonia
    Ressurgindo-nos o sorrir
    Com acesso ao ir e vim...
    "Salve a democracia"!

    Viva o Brasil brasileiro
    Povo ordeiro, que alegria!
    Respirando em liberdade
    Que vivamos em verdade
    Mui veraz democracia!!!

    Laerço dos Santos amante da poesa

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